Foi interessante ter escolhido a palavra "Herói' para definir a pessoa pra quem essas poesias foram feitas, porque agora, nessa poesia, tem o verso "Você me salva e me protege tanto" que explica muito bem como ele é.
É engraçado reler essa poesia agora porque eu quase não me lembrava mais dessa parte do "Eu não sei por que você desaparece,/ Finge que me esquece, só pra eu te ligar/ E fica cheio de cuidados,/ Sempre delicados pra não me zangar" *rindo* Era bem assim mesmo!
Poesia do dia 14 de julho de 2007 (sábado)
Cautela
Eu não entendo todo esse prazer
Em me fazer sofrer e esperá-lo...
Em me fazer ficar tão furiosa
E esperar ansiosa para escutá-lo...
Eu não sei por que você desaparece,
Finge que me esquece, só pra eu te ligar
E fica todo cheio de cuidados,
Sempre delicados pra não me zangar...
Eu não pareço ser assim tão frágil
Ou tão mal presságio de me preocupar...
Você me salva e me protege tanto,
Cheio de encanto pra me apaixonar.
Eu não sou assim indecifrável,
Nem tão maleável, pra não se gostar...
Você consegue ler a minha mente
E é experiente em me desarmar.
Eu não continuo a fazer indiretas,
Pois não mais secretas são as intenções...
Eu já não me faço de desentendida
E sou mais comedida em minhas ilusões.
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sexta-feira, 31 de outubro de 2014
Cause I'm a Writer e Outras Histórias - Poetry Time 39
quinta-feira, 30 de outubro de 2014
Cause I'm a Writer e Outras Histórias - Day 39
Como eu falei sobre o tormento de um dia "a fonte secar", eu preciso confessar um pecado... Eu também já pensei em desistir de escrever (mais vezes do que eu posso admitir aqui)...
Às vezes, ser escritor é pesado demais! Ser publicado é muito difícil, ser reconhecido dá muito trabalho, ganhar a vida escrevendo... Às vezes, é como se eu estivesse sonhando alto demais! Custa tempo, custa dinheiro, custa esperar... Custa, suor, sangue e lágrimas, muitas e muitas lágrimas!
Antes que minhas mensagens no Facebook fiquem cheias de desespero *ri* eu preciso esclarecer que deixar de ser escritor não é tão fácil assim, não precisam se preocupar! Não basta desistir e pronto!
Como eu já disse por aqui, ficar sem escrever é como ficar prendendo a respiração e minha mente não para de me atormentar até que eu escreva pelo menos uma página, uma ideia e meia que seja... Eu teria de ficar muito tempo resistindo aos impulsos de pegar papel e caneta na mão até que minha cabeça entendesse que não adianta insistir, que o sonho acabou... E sabemos que eu não consigo fazer isso!
Mas ser escritor realmente consome muita energia. Quando estou trabalhando e ainda mais quando não estou. Raramente não vale à pena *ri* e o que me chateia mais e me faz normalmente querer desistir é quando percebo que não existe interesse no que eu estiver trabalhando no momento. É o que eu falei sobre nenhum escritor escrever só pra si e precisar mais dos seus leitores do que da própria inspiração... Se não estiverem lá, o que é que eu estou fazendo aqui então?
Só que, sendo escrever a verdadeira razão pra continuar viva, toda essa história foi mais um desabafo do que um texto sobre porque ser escritor... Desculpe...
Às vezes, ser escritor é pesado demais! Ser publicado é muito difícil, ser reconhecido dá muito trabalho, ganhar a vida escrevendo... Às vezes, é como se eu estivesse sonhando alto demais! Custa tempo, custa dinheiro, custa esperar... Custa, suor, sangue e lágrimas, muitas e muitas lágrimas!
Antes que minhas mensagens no Facebook fiquem cheias de desespero *ri* eu preciso esclarecer que deixar de ser escritor não é tão fácil assim, não precisam se preocupar! Não basta desistir e pronto!
Como eu já disse por aqui, ficar sem escrever é como ficar prendendo a respiração e minha mente não para de me atormentar até que eu escreva pelo menos uma página, uma ideia e meia que seja... Eu teria de ficar muito tempo resistindo aos impulsos de pegar papel e caneta na mão até que minha cabeça entendesse que não adianta insistir, que o sonho acabou... E sabemos que eu não consigo fazer isso!
Mas ser escritor realmente consome muita energia. Quando estou trabalhando e ainda mais quando não estou. Raramente não vale à pena *ri* e o que me chateia mais e me faz normalmente querer desistir é quando percebo que não existe interesse no que eu estiver trabalhando no momento. É o que eu falei sobre nenhum escritor escrever só pra si e precisar mais dos seus leitores do que da própria inspiração... Se não estiverem lá, o que é que eu estou fazendo aqui então?
Só que, sendo escrever a verdadeira razão pra continuar viva, toda essa história foi mais um desabafo do que um texto sobre porque ser escritor... Desculpe...
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quarta-feira, 29 de outubro de 2014
Cause I'm a Writer e Outras Histórias - Poetry Time 38
Essa poesia é um pouquinho mais difícil de explicar do que as que eu coloquei aqui até agora... Ela não é uma poesia de amor, apesar de ser sobre um amor muito difícil de viver que eu tenho desde antes de conseguir me lembrar... É um assunto realmente delicado...
Acho que o que eu mais gosto nessa poesia, além de ela realmente colocar pra fora as palavras que eu prendo bem escondidas na minha alma, são as rimas dela. Eu acho que essas são as rimas mais bonitas que eu já escolhi!
Poesia do dia 29 de abril de 2007 (domingo)
Palavras da Alma
Você, quer está tão perto, tão distante,
Força-me a entender o incompreensível...
Como eu posso tocar o intangível?
Como eu posso amar alguém tão inconstante?
Você é o mal que me consome e me protege,
Você é o riso que me espera tão tristonho,
Você é sempre a realidade do meu sonho,
A sua fé em mim é a de um herege...
Queima a sua lucidez insana,
Os meus pecados sem merecimento,
Como deixa a razão ser um tormento?
E a emoção fugir à natureza humana?
Eu busco em você linda ternura,
Que acalentava tanto minha lembrança...
Pra que ainda exista certa esperança
De te encontrar em meio sua loucura...
Acho que o que eu mais gosto nessa poesia, além de ela realmente colocar pra fora as palavras que eu prendo bem escondidas na minha alma, são as rimas dela. Eu acho que essas são as rimas mais bonitas que eu já escolhi!
Poesia do dia 29 de abril de 2007 (domingo)
Palavras da Alma
Você, quer está tão perto, tão distante,
Força-me a entender o incompreensível...
Como eu posso tocar o intangível?
Como eu posso amar alguém tão inconstante?
Você é o mal que me consome e me protege,
Você é o riso que me espera tão tristonho,
Você é sempre a realidade do meu sonho,
A sua fé em mim é a de um herege...
Queima a sua lucidez insana,
Os meus pecados sem merecimento,
Como deixa a razão ser um tormento?
E a emoção fugir à natureza humana?
Eu busco em você linda ternura,
Que acalentava tanto minha lembrança...
Pra que ainda exista certa esperança
De te encontrar em meio sua loucura...
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terça-feira, 28 de outubro de 2014
Cause I'm a Writer e Outras Histórias - Day 38
Numa das cartas que minha madrinha me mandou nos últimos tempos, tinha um texto do Ferreira Gullar com o qual eu me identifiquei bastante e que tem tudo a ver com esses textos do "Cause I'm a Writer": o medo de um dia 'a fonte secar'...
É um medo que, mesmo durante o desenvolvimento de um livro, eu sinto muito forte porque a inspiração é uma 'dama caprichosa', que vem e vai embora de acordo com a sua própria vontade...
E esse medo é um medo de morte porque ficar sem escrever pra mim é como fiar sem respirar, é angustiante. Entre uma ideia e outra, entre um livro e outro, eu preciso sempre estar escrevendo coisas menores ou seria como se ficasse segurando a respiração até conseguir voltar a escrever...
Em seu texto (publicado na FOLHA Ilustrada de 9 de junho de 2013), Gullar disse: "Nunca fiquei tanto tempo sem escrever poesia. E não me sinto motivado a escrever. Sempre digo que meus poemas nascem do espanto, ou seja, de algo que põe diante de mim um mundo sem explicação. É essa perplexidade que me faz escrever. Pode ser que, aos 82 anos de idade, já nada mais me espante na vida".
Essa é bem a realidade de escritor...Essa angústia, essa incerteza, esse suspense...
Eu tenho medo porque já não consigo mais escrever poesia e pode chegar um dia em que não vou conseguir mais escrever meus romances da mesma maneira...
Por mais que eu ainda tenha uma lista enorme de ideias que quero desenvolver, não dá pra me tranquilizar e dizer que nunca vai acontecer... Eu, que não gosto de me atormentar com nada, ando de mãos dadas com esse único e infinito tormento...
É um medo que, mesmo durante o desenvolvimento de um livro, eu sinto muito forte porque a inspiração é uma 'dama caprichosa', que vem e vai embora de acordo com a sua própria vontade...
E esse medo é um medo de morte porque ficar sem escrever pra mim é como fiar sem respirar, é angustiante. Entre uma ideia e outra, entre um livro e outro, eu preciso sempre estar escrevendo coisas menores ou seria como se ficasse segurando a respiração até conseguir voltar a escrever...
Em seu texto (publicado na FOLHA Ilustrada de 9 de junho de 2013), Gullar disse: "Nunca fiquei tanto tempo sem escrever poesia. E não me sinto motivado a escrever. Sempre digo que meus poemas nascem do espanto, ou seja, de algo que põe diante de mim um mundo sem explicação. É essa perplexidade que me faz escrever. Pode ser que, aos 82 anos de idade, já nada mais me espante na vida".
Essa é bem a realidade de escritor...Essa angústia, essa incerteza, esse suspense...
Eu tenho medo porque já não consigo mais escrever poesia e pode chegar um dia em que não vou conseguir mais escrever meus romances da mesma maneira...
Por mais que eu ainda tenha uma lista enorme de ideias que quero desenvolver, não dá pra me tranquilizar e dizer que nunca vai acontecer... Eu, que não gosto de me atormentar com nada, ando de mãos dadas com esse único e infinito tormento...
segunda-feira, 27 de outubro de 2014
Cause I'm a Writer e Outras Histórias - Poetry Time 37
No livro "Dom Casmurro", que eu já mencionei por aqui, Bentinho começa um soneto que não leva em frente. Minha interpretação pra isso é que ele não conseguiu terminar de escrever assim como não conseguiu unir as duas pontas de sua vida. Da mesma maneira como não é um soneto só com o primeiro e o último verso, também sua vida não é vida sem Capitu!
No livro, ele dá esses versos que fez ao "primeiro desocupado que os quiser" e eu, como uma grande amante dessa obra e bastante desocupada no período do meu Ensino Médio, coloquei entre eles o que faltava e até que gostei do resultado.
Poesia do dia 15 de fevereiro de 2007 (quinta-feira)
Dom Casmurro
Oh! Flor do céu! Oh! Flor cândida e pura!
Musa inspiradora da minha insônia,
Singela e doce gota de orvalho tão tristonha,
Louvo em um soneto a tua bela criatura!
Celestiais, os anjos que esculpiram tua ternura,
Com teu suspiro, vida emana em cascatas.
E eu lanço mão de tantas artes abstratas,
Renovo o clássico e abandono a escritura.
De novas armas se prepara a mocidade,
Com novos cânticos, com nova muralha,
Com nova alma, nova divindade,
Com novas cores, com o fim da mortalha,
Canta-se agora a justiça, a liberdade,
Perde-se a vida, ganha-se a batalha!
No livro, ele dá esses versos que fez ao "primeiro desocupado que os quiser" e eu, como uma grande amante dessa obra e bastante desocupada no período do meu Ensino Médio, coloquei entre eles o que faltava e até que gostei do resultado.
Poesia do dia 15 de fevereiro de 2007 (quinta-feira)
Dom Casmurro
Oh! Flor do céu! Oh! Flor cândida e pura!
Musa inspiradora da minha insônia,
Singela e doce gota de orvalho tão tristonha,
Louvo em um soneto a tua bela criatura!
Celestiais, os anjos que esculpiram tua ternura,
Com teu suspiro, vida emana em cascatas.
E eu lanço mão de tantas artes abstratas,
Renovo o clássico e abandono a escritura.
De novas armas se prepara a mocidade,
Com novos cânticos, com nova muralha,
Com nova alma, nova divindade,
Com novas cores, com o fim da mortalha,
Canta-se agora a justiça, a liberdade,
Perde-se a vida, ganha-se a batalha!
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domingo, 26 de outubro de 2014
Cause I'm a Writer e Outras Histórias - Day 37
Eu nunca fui uma pessoa boa pra trabalhar em equipe, desde criança... Não porque eu não goste do conceito de "time" ou porque eu prefiro trabalhar sozinha, mas porque eu acho que as pessoas também desaprenderam um pouco a fazer isso... Tudo se torna muito mais um conflito de egos do que uma soma de habilidades, não importa a faixa etária de que estamos falando.
Mas, se existe alguém com quem eu consigo trabalhar harmoniosamente, esse alguém é minha irmã! Eu nunca tinha pensado conscientemente em escrever em parceria com ela e acho que nós duas só realizamos o que tinha acontecido quando "Best Friends" chegou ao fim, mas foi uma experiência muito legal!
Quando eu digo que não pensamos conscientemente em escrevermos juntas foi porque "Best Friends" nasceu de uma ideia que Carolina começou e me mostrou, mas que não tinha ideia de como continuar ou terminar. Eu achei a ideia boa demais pra ser deixada de lado e queria muito saber como terminaria, então, me ofereci para ajudá-la. Ela escrevia um capítulo, eu escrevia o seguinte e assim por diante.
A história se passa numa escola e, como o título sugere, conta sobre dois amigos, melhores amigos, uma garota e um garoto. Esse garoto se apaixona por sua melhor amiga e se propõe se declarar e conquistá-la. Para fazer isso, ele quer se tornar digno dela e pede ajuda a um grupo de estudantes populares que são dotados de habilidades específicas para realizar essa tarefa: um mestre em bilhetes românticos, um mestre da conquista, um mestre do estilo, um mestre da doçura e gentileza, uma mestra em ortografia e uma mestra em cabelos.
Nós não trabalhamos juntas faz um bom tempo já ("Best Friends" é de 2010!), mas eu espero que surja uma nova oportunidade logo (mesmo que nós duas estejamos envolvidas em projetos "solos", eu continuo torcendo por isso), porque, apesar de eu ser metódica e exigente escrevendo, pra mim foi bastante divertido e, se tem uma escrita que eu realmente aprecio e que me diverte é a da minha irmã! É diferente da minha e muito gostosa de ler!
"Tudo antes era escuridão... Então, Carolina me achou..."
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sábado, 25 de outubro de 2014
Cause I'm a Writer e Outras Histórias - Poetry Time 36
Infelizmente, quando eu explico as poesias antes, perde o suspense de pra quem é essa poesia *ri* Mas se tem uma coisa que eu realmente gosto e nas poesias ainda mais do que nos livros são Maiúsculas Alegorizantes! Adoro quando sentimentos são tratados como pessoas!
O que eu mais gosto nessa poesia é o verso "está ligada a você minha eternidade". Não deixa de ser verdade... Pra mim, escrever é deixar para trás, nessa vida mundana, nossa própria essência e, de alguma forma, se tornar imortal nesse mundo. Mesmo quando eu morrer, tudo o que eu escrevo vai ser muito mais do que um registro da minha passagem por aqui e, como tudo o que eu escrevo é sempre inspirado pelo Amor, por ele, um dia, eu me tornarei imortal!
Poesia do dia 14 de fevereiro de 2007 (quarta-freira)
Soneto da Amada
É sua culpa meu coração estar partido
E ser você a minha insanidade,
Mas, sem você, perco a vitalidade,
Minha vida perde o sentido.
Sem você, minha vida perde o colorido
E o meu sofrer é fruto da sua crueldade.
Está ligada a você minha eternidade,
Aos seus cuidados e seu modo tão bandido.
Tudo o que eu faço é sempre previsível
E você ignora só pra me provocar.
Eu sei que explicar é impossível,
Eu sei que você, Amor, não vai notar
Que esses versos de autora tão sensível
Foram feitos para você exaltar.
O que eu mais gosto nessa poesia é o verso "está ligada a você minha eternidade". Não deixa de ser verdade... Pra mim, escrever é deixar para trás, nessa vida mundana, nossa própria essência e, de alguma forma, se tornar imortal nesse mundo. Mesmo quando eu morrer, tudo o que eu escrevo vai ser muito mais do que um registro da minha passagem por aqui e, como tudo o que eu escrevo é sempre inspirado pelo Amor, por ele, um dia, eu me tornarei imortal!
Poesia do dia 14 de fevereiro de 2007 (quarta-freira)
Soneto da Amada
É sua culpa meu coração estar partido
E ser você a minha insanidade,
Mas, sem você, perco a vitalidade,
Minha vida perde o sentido.
Sem você, minha vida perde o colorido
E o meu sofrer é fruto da sua crueldade.
Está ligada a você minha eternidade,
Aos seus cuidados e seu modo tão bandido.
Tudo o que eu faço é sempre previsível
E você ignora só pra me provocar.
Eu sei que explicar é impossível,
Eu sei que você, Amor, não vai notar
Que esses versos de autora tão sensível
Foram feitos para você exaltar.
quinta-feira, 23 de outubro de 2014
Cause I'm a Writer e Outras Histórias - Day 36
Já que eu falei sobre a inspiração de "E O Vento Levou..." e Scarlett O'Hara na minha escrita, nada mais justo do que falar sobre a obra da nossa Literatura Nacional que também arranca meu fôlego e dispara meu coração: Dom Casmurro!
Meu primeiro contato com a obra de Machado de Assis na verdade foi há muito tempo, antes de entrar no Ensino Médio, pelas mãos do meu ídolo maior: Pedro Bandeira! Ele escreveu uma "adaptação" da obra clássica de Machado de Assis, chamada "A Hora da Verdade", trazendo para a realidade de seus leitores e já me fazendo me apaixonar desde aquela época.
Depois, eu fui reencontrar Dom no Ensino Médio, como leitura obrigatória para o vestibular...
(Eis ai uma das minhas frases mais odiadas e eu sei que alunos e escritores vão concordar comigo: leitura obrigatória para o vestibular! Não tem nada que mate mais um espírito leitor novo e pronto pra nascer! Mas isso é conversa pra outro dia...)
Eu li e reli e tomei notas sobre Dom Casmurro tantas e tantas e tantas vezes quanto fiz com todos os livros que me enfeitiçaram e que não tinham o "estímulo" obrigatório em nosso encontro. Mas a escrita machadiana é intrigante e envolvente demais para ser bloqueada por uma pressão tão mundana...
Assim como Dorian Gray, eu não consigo nunca encontrar as palavras para explicar o amor que sinto por esse livro, mas é tão impecável, tão fluído e tão natural que não precisa de explicações!
E como falar sobre essa obra sem falar sobre o encanto que a mantém viva até hoje e que é mais que um exemplo, é uma ênfase na construção das minhas próprias personagens: Capitu! Eu preciso dizer se acredito ou não em sua inocência? Acho que é fácil de deduzir de que lado eu estou nesse embate né?
Eu gosto de sempre retornar a esse livro, reler minhas anotações, minhas conclusões e principalmente minhas revoltas *ri* Foi a primeira leitura consciente que eu fiz e foi tão apaixonante que eu não me canso dela! Toda vez, me parece mais misteriosa e nova do que antes e não tem nada melhor!
"E tudo sempre se resumiu em Capitu... Mesmo sem seus olhos de ressaca, olhos de cigana oblíqua e dissimulada, mesmo tendo olhos apenas carregados de uma tristeza disforme, sempre tive ares de Capitu" (Síndrome de Capitu)
http://fanfiction.com.br/historia/41716/Sindrome_de_Capitu/
quarta-feira, 22 de outubro de 2014
Cause I'm a Writer e Outras Histórias - Poetry Time 35
Essa é mais uma poesia para o meu "Herói" e o que eu gosto mais nessa poesia é que ela traz um sentimento que ainda existe em mim *ri* o sentimento de "Maldita seja essa minha essência" porque eu realmente sou bem assim... Acho que eu sou o tipo de pessoa que se apaixona sete, oito vezes por dia e não, eu não gosto de ser assim, mas não consigo evitar...
Claro que eu dou risada de mim mesma e digo "se eu não me apaixonasse tanto, não conseguiria escrever" e isso é meio verdade porque, como escritor, nunca se sabe qual pequeno detalhe pode sustentar toda a estrutura, mas... Droga! Eu precisava mesmo ser tão romântica? *rindo*
Poesia do dia 25 de janeiro de 2007 (quinta-feira)
Obscuridade
Eu já fiz sacrifícios demais
Pra você não fazer um por mim.
Você é a incógnita que altera minha paz,
Um enigma sem fim.
E eu agora estou diante de um abismo,
Sem nenhuma certeza sobre nada...
Corroendo minha alma em egoísmo,
Talvez, sendo eu culpada...
Se a nossa amizade é o mais importante
Por que isso me parece tão errado?
Por que meu louco coração farsante
Tem sempre que estar tão enganado?
Por que eu sofro tanto com sua ausência?
Como você consegue se desvencilhar?
Maldita seja essa minha essência
Que me fez de novo me apaixonar...
Claro que eu dou risada de mim mesma e digo "se eu não me apaixonasse tanto, não conseguiria escrever" e isso é meio verdade porque, como escritor, nunca se sabe qual pequeno detalhe pode sustentar toda a estrutura, mas... Droga! Eu precisava mesmo ser tão romântica? *rindo*
Poesia do dia 25 de janeiro de 2007 (quinta-feira)
Obscuridade
Eu já fiz sacrifícios demais
Pra você não fazer um por mim.
Você é a incógnita que altera minha paz,
Um enigma sem fim.
E eu agora estou diante de um abismo,
Sem nenhuma certeza sobre nada...
Corroendo minha alma em egoísmo,
Talvez, sendo eu culpada...
Se a nossa amizade é o mais importante
Por que isso me parece tão errado?
Por que meu louco coração farsante
Tem sempre que estar tão enganado?
Por que eu sofro tanto com sua ausência?
Como você consegue se desvencilhar?
Maldita seja essa minha essência
Que me fez de novo me apaixonar...
terça-feira, 21 de outubro de 2014
Cause I'm a Writer e Outras Histórias - Day 35
Eu já falei aqui a história de quando interpretei Scarlett O'Hara na Mostra Cultural da escola, quando tinha sete anos e, recentemente, eu estava buscando pelo livro que deu origem ao filme de 1939, pensando que não expressei completamente minha adoração pela obra e principalmente pela personagem aqui.
É difícil computar em qual segredo literário estamos (dou esse serviço a primeira mente que o quiser, "ao domingo, ou se estiver chovendo, ou na roça, em qualquer ocasião de lazer"), mas com certeza esse é um dos grandes! Até hoje, eu creio que sou contagiada por essa inspiração toda vez que vou escrever!
Eu vou explicar melhor... Ou tentar...
Scarlett foi um dos meus primeiros contatos com uma personagem feminina tão forte, tão estruturada e, apesar de ser completamente romântica, ela não é do tipo "jovem indefesa"... Ela tem garra e tem sempre um plano para ir atrás de tudo o que ela quer ou para proteger aquilo que ela ama!
Assim nasceram todas as minhas personagens femininas; todas elas são um fruto de Scarlett! Todas elas são astutas e brilhantes e fogem o máximo que eu posso do esteriótipo da "princesa esperando por um príncipe num cavalo branco que a salve"! Todas elas nasceram quando aquela menininha de sete anos se encantou com a ideia de uma garota tomando as rédeas da situação e cuidando do próprio nariz!
O bom de estar escrevendo esses textos são essas pequenas revelações que eu tenho tido e perceber essa influência de Scarlett, como todas as outras que ela teve em mim, foi verdadeiramente gratificante!
"Ah, Scarlett... Será que você também amaldiçoou minha existência com o seu 'deixar pra amanhã'?"
Déborah Felipe
segunda-feira, 20 de outubro de 2014
Cause I'm a Writer e Outras Histórias - Poetry Time 34
Olha só que sorte! No Dia do Poeta, uma poesia sobre escrever poesia!
Eu gosto muito dessa daqui (acho que eu estou falando isso de todas, porque eu já tinha feito uma pré-seleção das minhas preferidas pra postar, né? Mas tudo bem... É sempre importante lembrar que eu ainda gosto das coisas que escrevi há tanto tempo...)! Gosto muito da figura da Colombina principalmente (apesar de não ser uma grande fã de Carnaval...) e acho que ela tem tudo a ver com poesia! Amo, por exemplo, a música do Ed Motta "Colombina"! Tanto, tanto, tanto que até dói!
Gosto muito da terceira estrofe: "Eu desenterro o cadáver do passado/ Querendo reviver a ilusão,/ A ternura de um amante mascarado/ Que partira dando lugar à razão..." A ideia do passado como um amante mascarado ainda é uma que eu gosto de colocar nas minhas literaturas *ri*
Poesia do dia 13 de janeiro de 2007 (sábado)
Carnaval
Eu não sei mais fazer poesia,
Falta-me a vontade e a inspiração,
Falta-me o sentimento e a energia,
Falta-me o viver e a vocação...
Eu me perdi nas notas da partitura,
Esquecendo-me de prestar atenção.
Eu carrego a faixa da censura
Sem me lembrar da intenção...
Eu desenterro o cadáver do passado,
Querendo reviver a ilusão,
A ternura de um amante mascarado
Que partira dando lugar à razão...
O desabrochar da minha alma Colombina,
Em um Carnaval cheio de intuição,
Onde em chuvas coloridas de serpentina
Amadureci meu coração...
Eu gosto muito dessa daqui (acho que eu estou falando isso de todas, porque eu já tinha feito uma pré-seleção das minhas preferidas pra postar, né? Mas tudo bem... É sempre importante lembrar que eu ainda gosto das coisas que escrevi há tanto tempo...)! Gosto muito da figura da Colombina principalmente (apesar de não ser uma grande fã de Carnaval...) e acho que ela tem tudo a ver com poesia! Amo, por exemplo, a música do Ed Motta "Colombina"! Tanto, tanto, tanto que até dói!
Gosto muito da terceira estrofe: "Eu desenterro o cadáver do passado/ Querendo reviver a ilusão,/ A ternura de um amante mascarado/ Que partira dando lugar à razão..." A ideia do passado como um amante mascarado ainda é uma que eu gosto de colocar nas minhas literaturas *ri*
Poesia do dia 13 de janeiro de 2007 (sábado)
Carnaval
Eu não sei mais fazer poesia,
Falta-me a vontade e a inspiração,
Falta-me o sentimento e a energia,
Falta-me o viver e a vocação...
Eu me perdi nas notas da partitura,
Esquecendo-me de prestar atenção.
Eu carrego a faixa da censura
Sem me lembrar da intenção...
Eu desenterro o cadáver do passado,
Querendo reviver a ilusão,
A ternura de um amante mascarado
Que partira dando lugar à razão...
O desabrochar da minha alma Colombina,
Em um Carnaval cheio de intuição,
Onde em chuvas coloridas de serpentina
Amadureci meu coração...
domingo, 19 de outubro de 2014
Cause I'm a Writer e Outras Histórias - Day 34
Eu vivo falando sobre isso aqui e acho que é uma boa hora para explicar porque o mundo que existe nos livros não é o mesmo em que vivemos.
Por menos fantástica e fantasiosa que seja uma história, o mundo, o universo em que ela se passa é apenas uma visão do mundo em que vivemos, uma interpretação daquele autor sobre ele e, portanto, não é o mesmo que conhecemos.
O mundo dos livros está diretamente relacionado às experiências de seu autor, o que ele gosta, o que acha importante, o que acredita, o que já viveu...
Quando lemos, estamos olhando pelos olhos daquele artista, estamos sendo direcionados e, dessa forma, nunca poderia ser considerado realista, por mais verossímil que seja.
Escrever é, direta ou indiretamente, dar a sua opinião sobre alguma coisa ou situação é dividir como você acredita que as coisas acontecem e como acha que o mundo funciona.
O que torna um livro mais parecido com o nosso mundo é o uso bem dosado de consensos gerais, ou seja, coisas que as pessoas já concordam internamente e assimilam. Esses consensos não precisam de uma grande dissertação pra convencer seu leitor, porque ele já conhece a ideia e ela já está assimilada. É, por exemplo, o caso que eu contei sobre "amor à primeira vista".
É muito interessante refletir sobre esse assunto e lembrar agora dos livros que já lemos, pensar no que eles conseguiram nos convencer que existia, naqueles que não precisavam nos convencer quase nada e como esse poder é lindo e incrível!
Uma das minhas frases preferidas sobre ser escritor tem um pouco a ver com isso:
"Escrever é uma arte subestimada, você pinta imagens multicoloridas nas mentes das pessoas usando as palavras em branco e preto".
sábado, 18 de outubro de 2014
Cause I'm a Writer e Outras Histórias - Poetry Time 33
Essa poesia é novamente feita para o meu Herói, mas acho que o mais interessante a se comentar aqui é a reaparição da importância do "olhar" para meus romances. Acho que é uma das coisas mais marcantes e mais carregadas de metáfora que eu conheço e gosto muito de usá-las mesmo!
Eu tenho a sorte de que tanto meu Apolo quanto o meu Herói serem donos de olhos tão bonitos e marcantes *rindo* mas acho que, quando a gente está apaixonado, não é só coisa do físico, né? Vale muito mais nosso imaginário e isso contribui principalmente para a escrita.
O que eu mais gosto realmente nessa poesia é o nome que eu dei pra ela. Porque ela pode significar "nos esconder dos outros atrás da poesia" ou "eu esconder esse sentimento atrás da minha poesia". Porque é basicamente os dois. Por mais que ele não se declarasse, eu também não e esse sentimento ficava fechado nas minhas poesias (mas ele lia minhas poesias, então... Eu não estava me declarando? *ri* nunca vamos saber...)
Poesia do dia 30 de novembro de 2006 (quinta-feira)
Atrás da Poesia
Por que será que tem sempre gente cercando,
Gente secando nós dois?
Será isso que atrapalha nosso andar,
O seu declarar agora ou depois?
Por que você tem medo assim?
Será que é de olhar no fim e se arrepender?
Serás que é de ver de repente
Que quando se é adolescente é normal se perder?
Será que eu fiz alguma coisa errada
E, sem querer, mostrei o meu anseio?
Será que eu fui assim tão descuidada
Que não notei o seu receio?
Se for isso, me desculpa...
Às vezes, eu não sei como parar,
Mas não é errado não sentir culpa
De me derreter toda só em te olhar.
Eu tenho a sorte de que tanto meu Apolo quanto o meu Herói serem donos de olhos tão bonitos e marcantes *rindo* mas acho que, quando a gente está apaixonado, não é só coisa do físico, né? Vale muito mais nosso imaginário e isso contribui principalmente para a escrita.
O que eu mais gosto realmente nessa poesia é o nome que eu dei pra ela. Porque ela pode significar "nos esconder dos outros atrás da poesia" ou "eu esconder esse sentimento atrás da minha poesia". Porque é basicamente os dois. Por mais que ele não se declarasse, eu também não e esse sentimento ficava fechado nas minhas poesias (mas ele lia minhas poesias, então... Eu não estava me declarando? *ri* nunca vamos saber...)
Poesia do dia 30 de novembro de 2006 (quinta-feira)
Atrás da Poesia
Por que será que tem sempre gente cercando,
Gente secando nós dois?
Será isso que atrapalha nosso andar,
O seu declarar agora ou depois?
Por que você tem medo assim?
Será que é de olhar no fim e se arrepender?
Serás que é de ver de repente
Que quando se é adolescente é normal se perder?
Será que eu fiz alguma coisa errada
E, sem querer, mostrei o meu anseio?
Será que eu fui assim tão descuidada
Que não notei o seu receio?
Se for isso, me desculpa...
Às vezes, eu não sei como parar,
Mas não é errado não sentir culpa
De me derreter toda só em te olhar.
sexta-feira, 17 de outubro de 2014
Cause I'm a Writer e Outras Histórias - Day 32
Como eu expliquei ontem, eu precisei mudar a ordem das postagens do "Cause I'm a Writer" porque hoje é uma data especial que precisa de um texto ainda mais especial! Hoje é aniversário do meu irmãozinho (que é só "inho" na idade, já que ele é bem maior do que eu...)
Há 17 anos, eu conhecia uma das pessoas mais brilhantes e questionadoras que entraria na minha vida! E, por mais que ele seja quem questione e julgue a maior parte das coisas que eu faço e digo, não tem como negar que eu invejo sua mente brilhante... Normalmente, são os irmãos mais velhos que ensinam os mais novos, mas o Matheus veio ao mundo pra me ensinar muito mais do que pra aprender comigo!
Com todas as nossas conversas, ele sempre me põe pra pensar em diversas coisas, que sozinha eu não acredito que pensaria, ele me faz enxergar vários e vários caminhos e possibilidades e ter contato com assuntos que eu nem imaginava que existiam!
A gente tem um entrosamento meio "seu gênio não bate com o meu" e muitas vezes, como os dois teimosos que somos, sempre querendo estar mais certo do que o outro, acabamos tendo discussões homéricas (que, de alguma forma que eu ainda não descobri, um dia precisam ficar eternizadas em algum livro)! Mas, apesar de ser a pessoa mais talentosa pra me tirar do sério, ele é alguém que eu admiro profundamente e orgulhosamente!
Assim como Carolina, ele também influencia minha escrita com sua cota de inspiração e apareceu em muitas fanfics minhas e várias sinopses que eu gosto muito! Para o segundo livro de "As Canetas Mágicas", dele nasceu o "Detetive Misterioso" e Matheus teve a oportunidade de nomeá-lo: Cassius (uma história bem engraçada)!
Eu vejo dentro dele todo seu potencial para o que ele pode ser e sei que ele pode ser tudo aquilo que desejar, vejo um espírito livre e artístico, alguém que não toma decisões levianas e que dificilmente se perde. Alguém mais seguro do que eu!
Mas, se precisar de mim, é só chamar!
Feliz aniversário, Matheus!
quinta-feira, 16 de outubro de 2014
Cause I'm a Writer e Outras Histórias - Poetry Time 32
"Opa, Ny-chan! Acho que você está se confundindo... Hoje devia ser a postagem do Day 31 e não do Poetry Time 32..."
Eu sei, eu sei... Desculpem, mas eu vou ter de inverter as postagens a partir daqui, porque amanhã eu tenho um texto especial pra postar e, pelas minhas contas (que deram errado! que surpresa, né? as contas de uma pessoa de letras darem errado?) hoje devia ser um poetry time... Mas a mudança não vai ser um grande problema, eu prometo!
Essa não é uma poesia da Fernanda, acho que dá pra perceber bem a diferença, né? É mais uma poesia da série para o meu Herói e já não tem mais as rimas internas, mas não é por isso que eu gosto menos dela.
Gosto bastante da construção dela e principalmente da musicalidade (pelo menos que existe pra mim, toda vez que releio) nela. E o que eu mais gosto nela é os dois primeiros versos da última estrofe "Quando dois tristes corações percebem/ Que a solidão é até pior que a dor"... É uma frase que eu escrevi e reescrevi muitas vezes, de diversas formas e que resumi muito bem esse relacionamento inteiro.
Poesia do dia 25 de outubro de 2006 (quarta-feira)
Terra e Mar
Mesmo sabendo o que eu quero de você,
Você se faz de desentendido e foge de mim
E quando a gente começa a se entender
Você fica com medo de ir até o fim...
Mesmo sabendo que a gente tem de arriscar
Você se esconde com medo não sei do quê...
Sendo que eu não ia te machucar,
Prefiro a infelicidade a te ver sofrer...
Eu sempre fico cheia de esperança
Só em ver você se aproximar.
Mas, mesmo tendo a sua confiança,
Você não cede em se deixar levar...
Vem me libertar dessa ilusão
Que, com você, eu não temo voar!
Só me diz como acalmar seu coração
Pra finalmente essa história começar!
Esquece tudo que a gente já aprendeu,
O passado não devia importar mais...
Que o que eu sofri, você também sofreu,
Mas isso agora vai ficar pra trás.
Quando dois tristes corações percebem
Que a solidão é até pior que a dor,
Não importa quão longe eles estiverem
Sempre estarão ligados pelo amor.
Eu sei, eu sei... Desculpem, mas eu vou ter de inverter as postagens a partir daqui, porque amanhã eu tenho um texto especial pra postar e, pelas minhas contas (que deram errado! que surpresa, né? as contas de uma pessoa de letras darem errado?) hoje devia ser um poetry time... Mas a mudança não vai ser um grande problema, eu prometo!
Essa não é uma poesia da Fernanda, acho que dá pra perceber bem a diferença, né? É mais uma poesia da série para o meu Herói e já não tem mais as rimas internas, mas não é por isso que eu gosto menos dela.
Gosto bastante da construção dela e principalmente da musicalidade (pelo menos que existe pra mim, toda vez que releio) nela. E o que eu mais gosto nela é os dois primeiros versos da última estrofe "Quando dois tristes corações percebem/ Que a solidão é até pior que a dor"... É uma frase que eu escrevi e reescrevi muitas vezes, de diversas formas e que resumi muito bem esse relacionamento inteiro.
Poesia do dia 25 de outubro de 2006 (quarta-feira)
Terra e Mar
Mesmo sabendo o que eu quero de você,
Você se faz de desentendido e foge de mim
E quando a gente começa a se entender
Você fica com medo de ir até o fim...
Mesmo sabendo que a gente tem de arriscar
Você se esconde com medo não sei do quê...
Sendo que eu não ia te machucar,
Prefiro a infelicidade a te ver sofrer...
Eu sempre fico cheia de esperança
Só em ver você se aproximar.
Mas, mesmo tendo a sua confiança,
Você não cede em se deixar levar...
Vem me libertar dessa ilusão
Que, com você, eu não temo voar!
Só me diz como acalmar seu coração
Pra finalmente essa história começar!
Esquece tudo que a gente já aprendeu,
O passado não devia importar mais...
Que o que eu sofri, você também sofreu,
Mas isso agora vai ficar pra trás.
Quando dois tristes corações percebem
Que a solidão é até pior que a dor,
Não importa quão longe eles estiverem
Sempre estarão ligados pelo amor.
quarta-feira, 15 de outubro de 2014
Cause I'm a Writer e Outras Histórias - Poetry Time 31
Essa é mais uma poesia da Fernanda Reis e olha só a coincidência incrível de ter sido escrita exatamente dois anos antes da Sereny Kyle nascer!
Como eu disse antes, as poesias da Fernanda foram escritas para colocar pra fora muitos pensamentos que eu tenho, principalmente sobre injustiça, conscientização... Elas são bem criticas e eu gosto muito disso! Gosto das rimas delas e das estruturas das estrofes.
E eu gosto principalmente do fato de que a última estrofe é toda de de frases que as pessoas normalmente dizem para se desobrigar de descruzar os braços! Acho que é uma das coisas que eu mais gosto! Da honestidade dessa poesia! Do "doa a quem doer" dela!
Poesia do dia 19 de setembro de 2006 (terça-feria) {aniversário da Sereny, dois anos antes do "nascimento dela"!!}
Cretinice
E se não chegar o amanhã?
Quantos serão condenados?
Por uma devotada lógica pagã,
Quantos serão desmascarados?
Tudo que sobe, vai cair
E nos foge o destino controlar.
Física nenhuma vai desmentir
Que o que começa está propenso a acabar.
Estamos nós nessa medíocre realidade.
E quem pensamos enganar?
Enquanto o mundo se perde na inimizade,
Só pensamos em nos acomodar.
Então, pra que salvar a humanidade?
Se ela mesma é que vai se destruir?
Como lutar contra uma fatalidade
Que todos os homens esperam assistir?
Como fazer brotar a esperança
Num jardim em que reina a hipocrisia?
Como fabricar uma mudança
No meio de toda essa agonia?
"Mas não, não vamos nos importar!"
"De que adianta a minha consciência?"
"Porque o mundo não vai acabar
Simplesmente pela minha negligência!"
Como eu disse antes, as poesias da Fernanda foram escritas para colocar pra fora muitos pensamentos que eu tenho, principalmente sobre injustiça, conscientização... Elas são bem criticas e eu gosto muito disso! Gosto das rimas delas e das estruturas das estrofes.
E eu gosto principalmente do fato de que a última estrofe é toda de de frases que as pessoas normalmente dizem para se desobrigar de descruzar os braços! Acho que é uma das coisas que eu mais gosto! Da honestidade dessa poesia! Do "doa a quem doer" dela!
Poesia do dia 19 de setembro de 2006 (terça-feria) {aniversário da Sereny, dois anos antes do "nascimento dela"!!}
Cretinice
E se não chegar o amanhã?
Quantos serão condenados?
Por uma devotada lógica pagã,
Quantos serão desmascarados?
Tudo que sobe, vai cair
E nos foge o destino controlar.
Física nenhuma vai desmentir
Que o que começa está propenso a acabar.
Estamos nós nessa medíocre realidade.
E quem pensamos enganar?
Enquanto o mundo se perde na inimizade,
Só pensamos em nos acomodar.
Então, pra que salvar a humanidade?
Se ela mesma é que vai se destruir?
Como lutar contra uma fatalidade
Que todos os homens esperam assistir?
Como fazer brotar a esperança
Num jardim em que reina a hipocrisia?
Como fabricar uma mudança
No meio de toda essa agonia?
"Mas não, não vamos nos importar!"
"De que adianta a minha consciência?"
"Porque o mundo não vai acabar
Simplesmente pela minha negligência!"
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terça-feira, 14 de outubro de 2014
Cause I'm a Writer e Outras Histórias - Day 31
Se tem uma coisa da qual eu realmente gosto de escrever e que minhas leitoras têm vontade de me matar mais do que quando eu separo um casal que elas gostam é quando eu começo a falar sobre comida *rindo* Eu amo cozinhar e isso acaba entrando nos meus livros!
Eu sempre gosto de colocar coisas novas, receitas novas, novos pratos e, se possível, nunca me repetir entre eles.
Assim como eu faço com as receitas de drinks da Mari-chan em "A Casa das Hostesses", eu pesquiso bastante a receita para transcrevê-la. Algumas delas, eu já testei de verdade!
Escrever sobre comida é mais um dos elementos que eu uso para dar veracidade às histórias, porque é alguma coisa que conecta aquele mundo ao nosso mundo e ajuda os leitores a acreditarem mais no livro.
E, se tem uma coisa que eu gosto mais do que de falar sobre comida, é falar sobre doces! Então, meus personagens são quase todos assim também *ri*
Uma história legal com doces é a seguinte: em A Casa das Hostesses, a Camila e o Ryouji comem uma torta de limão que eu realmente faço e que eu acho a cara deles! A Akemi (minha amiga e agora também inspiração para uma nova personagem dessa série) disse que ficou com água na boca e eu passei a receita pra ela. Não só virou uma coisa importante entre nós duas, mas agora ela sempre faz essa torta de limão nas festas da família dela e isso é tão legal!
Eu disse que minhas leitoras sentem vontade de me matar, mas é um pouco de exagero literário meu *ri* quem é que não gosta de ficar com água na boca enquanto lê, certo? Espera... Sou só eu? Ah, me desculpem...
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segunda-feira, 13 de outubro de 2014
Cause I'm a Writer e Outras Histórias - Poetry Time 30
Eu já expliquei por aqui que Sereny Kyle não é o primeiro pseudônimo que eu uso. A primeira é a dona dessa poesia de hoje: Fernanda Reis!
Como eu já expliquei a Fernanda, vou explicar um pouquinho a poesia. Ela é bem diferente do que eu vinha postando das outras que escrevi nesse mesmo período, não é de rimas internas e não tem nada romantizado. Quando eu pensei nela, eu realmente a queria diferente de mim naquele momento, que expressasse outras ideias que eu tinha na cabeça... Queria também colocar pra fora muitas das coisas que eram importantes de serem ditas.
Eu adoro "Memorando ao Futuro da Nação"! Não acho que as outras da Fernanda tenham atingido o mesmo ápice que a primeira atingiu... Era uma ideia muito boa mesmo, que me deixou e me deixa muito orgulhosa!
Poesia do dia 26 de agosto de 2006 (sábado)
Memorando ao Futuro da Nação
Por muito tempo "soberano"
Eis a tua ingenuidade...
Cometeste vil engano:
Ser o rei da humanidade!
Pois teu trono é de barro,
O teu cálice, de latão.
Quem és tu, ó ser bizarro?
Quem te pôs em tal função?
Se soubestes o que te espera,
Que castigo será dado,
Talvez, em tua grande era,
Far-te-ias subordinado.
Mas não, ó vossa alteza!
Achaste-te bom o bastante
Pra zombar da Mãe Natureza,
Com teu sorriso irritante.
Creste demais na bondade,
No dia da reparação.
Perdeste a oportunidade
E não há absolvição.
E na simples maneira de pensar
Eu me pronuncio, em recado:
Podemos o mundo mudar
Ou partir, sem deixar legado...
Como eu já expliquei a Fernanda, vou explicar um pouquinho a poesia. Ela é bem diferente do que eu vinha postando das outras que escrevi nesse mesmo período, não é de rimas internas e não tem nada romantizado. Quando eu pensei nela, eu realmente a queria diferente de mim naquele momento, que expressasse outras ideias que eu tinha na cabeça... Queria também colocar pra fora muitas das coisas que eram importantes de serem ditas.
Eu adoro "Memorando ao Futuro da Nação"! Não acho que as outras da Fernanda tenham atingido o mesmo ápice que a primeira atingiu... Era uma ideia muito boa mesmo, que me deixou e me deixa muito orgulhosa!
Poesia do dia 26 de agosto de 2006 (sábado)
Memorando ao Futuro da Nação
Por muito tempo "soberano"
Eis a tua ingenuidade...
Cometeste vil engano:
Ser o rei da humanidade!
Pois teu trono é de barro,
O teu cálice, de latão.
Quem és tu, ó ser bizarro?
Quem te pôs em tal função?
Se soubestes o que te espera,
Que castigo será dado,
Talvez, em tua grande era,
Far-te-ias subordinado.
Mas não, ó vossa alteza!
Achaste-te bom o bastante
Pra zombar da Mãe Natureza,
Com teu sorriso irritante.
Creste demais na bondade,
No dia da reparação.
Perdeste a oportunidade
E não há absolvição.
E na simples maneira de pensar
Eu me pronuncio, em recado:
Podemos o mundo mudar
Ou partir, sem deixar legado...
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domingo, 12 de outubro de 2014
Cause I'm a Writer e Outras Histórias - Day 30
Quando eu falo que minha escrita "brota" em minha imaginação e flui quase que sozinha pelo papel, pode ser interpretado de maneira errada... Antes de começar a escrever qualquer coisa, eu penso e repenso bastante sobre ela.
Não é só porque quando imagino algo novo, eu preciso inventar um começo... Mas principalmente porque uma ideia desperdiçada é muito difícil de reescrever!
Eu vou explicar melhor.
Colocar as ideias no papel, para um escritor, é como trazer para um plano real o projeto de um prédio. A ideia é o desenho do arquiteto e a construção é o texto escrito.
Se, por um acaso, um dos cálculos ter sido feito errado, pode comprometer toda a estrutura, certo? Um comprimento errado, um centímetro a menos, um material de má qualidade e pode ir tudo abaixo!
Eu não sei como é que se faz quando se percebe um problema assim numa situação dessas, mas, se não passa no "controle de qualidade", o lugar fica interditado até encontrar a solução do problema, certo?
Acontece exatamente isso quando você tem uma ideia que não sai exatamente como o planejado no papel... Ela fica interditada até segunda ordem! E é extremamente difícil transpassar esse bloqueio, porque você já visualizou a obra e, pra colocar uma nova imagem no lugar, estoura o seu orçamento!
Nem dava pra imaginar que escrever pudesse envolver tanta "matemática", não é mesmo? *ri* Mas é bem assim mesmo. Você coloca uma ideia do lado da outra, depois uma sobre a outra e vê a construção crescer e a última coisa que deseja é ter de implodir e começar de novo, do zero...
Não é só porque quando imagino algo novo, eu preciso inventar um começo... Mas principalmente porque uma ideia desperdiçada é muito difícil de reescrever!
Eu vou explicar melhor.
Colocar as ideias no papel, para um escritor, é como trazer para um plano real o projeto de um prédio. A ideia é o desenho do arquiteto e a construção é o texto escrito.
Se, por um acaso, um dos cálculos ter sido feito errado, pode comprometer toda a estrutura, certo? Um comprimento errado, um centímetro a menos, um material de má qualidade e pode ir tudo abaixo!
Eu não sei como é que se faz quando se percebe um problema assim numa situação dessas, mas, se não passa no "controle de qualidade", o lugar fica interditado até encontrar a solução do problema, certo?
Acontece exatamente isso quando você tem uma ideia que não sai exatamente como o planejado no papel... Ela fica interditada até segunda ordem! E é extremamente difícil transpassar esse bloqueio, porque você já visualizou a obra e, pra colocar uma nova imagem no lugar, estoura o seu orçamento!
Nem dava pra imaginar que escrever pudesse envolver tanta "matemática", não é mesmo? *ri* Mas é bem assim mesmo. Você coloca uma ideia do lado da outra, depois uma sobre a outra e vê a construção crescer e a última coisa que deseja é ter de implodir e começar de novo, do zero...
sexta-feira, 10 de outubro de 2014
Cause I'm a Writer e Outras Histórias - Poetry Time 29
Meu Deus! Como eu adoro essa poesia *ri* É até difícil falar sobre ela, porque eu gostaria de comentar verso por verso e isso ficaria muito comprido!
Acho que o que é realmente importante de dizer é que essa poesia também foi feita para o meu "Herói". Dá pra perceber porque novamente fala sobre amizade, uma garota apaixonada pelo seu amigo.
Tem duas passagens que eu sou verdadeiramente apaixonada: a primeira é a citação de Pandora "Por que você não sai, não vai embora?/ E me deixa aqui trancada na Pandora, sem seu amor?". Pra quem não conhece o Mito da Caixa de Pandora, quando ela abriu a caixa, espalhou todas as desgraças do mundo (pragas, vícios, mentiras...) e só resto lá dentro a ilusória esperança. Como se dissesse "me deixe sem seu amor, mas não sem a esperança de ser amada um dia". Eu realmente gosto desses versos.
A segunda é "E eu que desacreditava finais felizes,/ Olha aonde vim fincar novas raízes e me iludir". Gosto desse jogo de palavras e gosto principalmente da rima "finais felizes" e "novas raízes". Eu gosto demais dessas poesias com rimas internas!
Uma última coisa, acho que nada me define melhor do que esse verso: "E eu imaginei demais em vez de ser..."
Poesia do dia 15 de agosto de 2006 (terça-feira)
Arca da Perdição
Era bom demais pra ser verdade
E eu fugi da realidade sem querer...
Pra que chorar o que não tem?
Você não vem. Vou te perder.
Por mais que eu queira transformar,
Você não vai mudar, não de repente.
Como é que eu fui deixar acontecer?
Como é que eu vou viver daqui pra frente?
Por que você não sai, não vai embora?
E me deixa aqui trancada na Pandora, sem seu amor?
Por que me fez acreditar em sonhos, fantasias?
Fez se acabar as minhas agonias, sem ardor.
Eu rezo toda noite por você, pra me encontrar.
Eu faço tudo pra te agradar, me perceber,
Mas tudo que eu te faço, você só vê como amizade
E não percebe minha necessidade em ter você...
Amizade como a nossa não se faz mais
E eu imaginei demais em vez de ser...
Talvez seja melhor não esperar,
Não lhe cobrar o amanhecer.
E eu que desacreditava finais felizes,
Olha aonde vim fincar novas raízes e me iludir.
Você conseguiu o impossível e me ganhou com um sorriso,
Confundiu o meu juízo, sem pensar em possuir.
Eu queria enganar meu coração
Com uma nova paixão e deixar você,
Mas tudo que eu já fiz para partir
Você consegue impedir sem um porquê.
Acho que o que é realmente importante de dizer é que essa poesia também foi feita para o meu "Herói". Dá pra perceber porque novamente fala sobre amizade, uma garota apaixonada pelo seu amigo.
Tem duas passagens que eu sou verdadeiramente apaixonada: a primeira é a citação de Pandora "Por que você não sai, não vai embora?/ E me deixa aqui trancada na Pandora, sem seu amor?". Pra quem não conhece o Mito da Caixa de Pandora, quando ela abriu a caixa, espalhou todas as desgraças do mundo (pragas, vícios, mentiras...) e só resto lá dentro a ilusória esperança. Como se dissesse "me deixe sem seu amor, mas não sem a esperança de ser amada um dia". Eu realmente gosto desses versos.
A segunda é "E eu que desacreditava finais felizes,/ Olha aonde vim fincar novas raízes e me iludir". Gosto desse jogo de palavras e gosto principalmente da rima "finais felizes" e "novas raízes". Eu gosto demais dessas poesias com rimas internas!
Uma última coisa, acho que nada me define melhor do que esse verso: "E eu imaginei demais em vez de ser..."
Poesia do dia 15 de agosto de 2006 (terça-feira)
Arca da Perdição
Era bom demais pra ser verdade
E eu fugi da realidade sem querer...
Pra que chorar o que não tem?
Você não vem. Vou te perder.
Por mais que eu queira transformar,
Você não vai mudar, não de repente.
Como é que eu fui deixar acontecer?
Como é que eu vou viver daqui pra frente?
Por que você não sai, não vai embora?
E me deixa aqui trancada na Pandora, sem seu amor?
Por que me fez acreditar em sonhos, fantasias?
Fez se acabar as minhas agonias, sem ardor.
Eu rezo toda noite por você, pra me encontrar.
Eu faço tudo pra te agradar, me perceber,
Mas tudo que eu te faço, você só vê como amizade
E não percebe minha necessidade em ter você...
Amizade como a nossa não se faz mais
E eu imaginei demais em vez de ser...
Talvez seja melhor não esperar,
Não lhe cobrar o amanhecer.
E eu que desacreditava finais felizes,
Olha aonde vim fincar novas raízes e me iludir.
Você conseguiu o impossível e me ganhou com um sorriso,
Confundiu o meu juízo, sem pensar em possuir.
Eu queria enganar meu coração
Com uma nova paixão e deixar você,
Mas tudo que eu já fiz para partir
Você consegue impedir sem um porquê.
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quinta-feira, 9 de outubro de 2014
Cause I'm a Writer e Outras Histórias - Day 29
Eu tenho falado muito sobre as qualidades dos escritores (e me exaltando um pouco... Desculpem por isso...) e sobre como é maravilhoso criar esses universos controlados no papel, mas a coisa mais importante de verdade para um escritor não depende dele ou da sua imaginação... São seus leitores!
Um escritor não é nada sem leitores! Nosso trabalho não existe se não tiver quem se interesse em lê-lo!
Eu sempre digo isso às minhas queridas amigas que estão sempre me prestigiando com suas leituras, seus comentários e seu carinho e tento retribuir o máximo que consigo! É difícil colocar em palavras o quanto eu sou grata por todo o apoio que recebo!
Não sei direito dizer quando foi que eu criei essa consciência, mas ela faz muito bem pra não deixar subir à cabeça!
Nessa relação, você não pode exigir, não pode cobrar... Você tem de cativar e receber bem todas as vezes para que aquela pessoa se sinta especial no seu mundo e tenha vontade de voltar!
É um bom jeito de viver!
Existe ingratidão e abandono nesse tipo de relacionamento? Sim. Mas também existe alegria e companheirismo e é disso que eu sobrevivo!
Se não fosse pelas minhas leitoras fiéis, minhas queridas amigas que tanto me mimam, eu já teria desistido desse sonho de escrever há muito tempo... A força que elas me dão é minha maior força pra seguir em frente de cabeça erguida!
Escrever pra si é reconfortante, porque o julgamento do outro parece perigoso, mas, no fundo, não importa quão fundo, todo escritor quer ser lido e adorado por alguém... Mesmo que seja uma vez só!
quarta-feira, 8 de outubro de 2014
Cause I'm a Writer e Outras Histórias - Poetry Time 28
O que eu mais gosto ao escrever esses textos do "Cause I'm a Writer" e reescrever essas poesias antigas aqui é perceber o quanto a escrita significa pra mim! Olhando hoje para essa poesia que eu escrevi há oito anos, eu acabei encontrando uma resposta para uma pergunta que eu me fazia ainda ontem...
Ainda não tinha dito aqui, mas os textos eu deixo preparados com antecedência, ao contrário das explicações das poesias, que eu faço na hora, e, quando estava escrevendo ontem, eu estava verdadeiramente feliz, empolgada e me peguei pensando que tipo de felicidade seria essa que eu sinto quando escrevo. Aqui está a resposta: é a felicidade de alguém que está apaixonado!
Acho que não existe uma explicação melhor pra continuar escrevendo... Eu sou apaixonada por isso! De verdade! Mais do que tudo! Conjugando os atos e praticando as emoções! E eu não conheceria essa emoção se não escrevesse... Por isso, eu sou escritora!
Poesia do dia 22 de julho de 2006 (sábado)
De mim para mim
O ato de escrever é o mesmo que amar
É de repente apaixonar e querer bem o ser amado,
É descobrir aos poucos o que é especial,
O que é real para ser criado.
É juntar todas as qualidades,
Criar necessidades em se ver.
É aperfeiçoar o que é perfeito
E dar-se por satisfeito só em descrever.
É não ser criador, é ser criado,
É ser confessor sem ter pecado, é se entregar,
É se contradizer o tempo inteiro,
É mergulhar a espada no tinteiro, sem guerrear.
Sim, escrever é como amar,
Já que amar é conjugar os atos
E escrever é praticar as sensações,
É agir sem ter razões nem fatos.
É vencer mesmo perdendo,
É a vida ir dizendo o que fazer,
Pois é a vida a nossa grande aliada
E estar apaixonada faz entender.
Ainda não tinha dito aqui, mas os textos eu deixo preparados com antecedência, ao contrário das explicações das poesias, que eu faço na hora, e, quando estava escrevendo ontem, eu estava verdadeiramente feliz, empolgada e me peguei pensando que tipo de felicidade seria essa que eu sinto quando escrevo. Aqui está a resposta: é a felicidade de alguém que está apaixonado!
Acho que não existe uma explicação melhor pra continuar escrevendo... Eu sou apaixonada por isso! De verdade! Mais do que tudo! Conjugando os atos e praticando as emoções! E eu não conheceria essa emoção se não escrevesse... Por isso, eu sou escritora!
Poesia do dia 22 de julho de 2006 (sábado)
De mim para mim
O ato de escrever é o mesmo que amar
É de repente apaixonar e querer bem o ser amado,
É descobrir aos poucos o que é especial,
O que é real para ser criado.
É juntar todas as qualidades,
Criar necessidades em se ver.
É aperfeiçoar o que é perfeito
E dar-se por satisfeito só em descrever.
É não ser criador, é ser criado,
É ser confessor sem ter pecado, é se entregar,
É se contradizer o tempo inteiro,
É mergulhar a espada no tinteiro, sem guerrear.
Sim, escrever é como amar,
Já que amar é conjugar os atos
E escrever é praticar as sensações,
É agir sem ter razões nem fatos.
É vencer mesmo perdendo,
É a vida ir dizendo o que fazer,
Pois é a vida a nossa grande aliada
E estar apaixonada faz entender.
terça-feira, 7 de outubro de 2014
Cause I'm a Writer e Outras Histórias - Day 28
Não sei se dá pra saber uma coisa dessas olhando pra mim, mas a verdade é que eu sou uma pessoa muito chorona! *gargalhando* Eu choro muito quando me emociono ou fico triste. Qualquer coisinha e eu já estou com a voz embargada e os olhos marejados!
Como eu disse quando contei sobre ser minha primeira leitora, eu sei que um texto ficou bom quando consigo me emocionar enquanto o escrevo! Às vezes, eu choro tanto escrevendo que mal consigo enxergar a tela do computador (dá pra imaginar uma cena bizarra como essa? *ri*)
A verdade por trás disso é que, se você quer que seu leitor sinta aquilo que você está falando, você também tem de sentir! Acho que, se você não sentir, então está fazendo isso errado...
Quando eu coloco minha emoção no papel, eu sinto que o texto ganha alma! Não sei se essa foi a maneira que eu aprendi a fazer isso, mas, pensando agora, faz até sentido... Quando eu fazia poesias, costumava colocar o que estava sentindo naquele momento em minhas palavras. Com o desenvolvimento disso, hoje eu consigo sentir aquilo que minhas palavras dizem.
Ser escritor é sentir muito forte o que se escreve e lidar com tantas emoções de uma vez não é uma coisa fácil... Você tem de estar preparado para conseguir controlar isso e não deixar te dominar. Não dá pra sobreviver se deixar sua vida ser controlada por cada conflito psicológico que você inventa pros seus personagens! Eles têm de passar por isso, não você!
Separar é muito difícil, eu sei! Ser escritor não é deixar de ser humano e a gente sempre acaba usando uma ou outra experiência própria que nos faz lembrar de como somos frágeis... Mas também não é difícil não se apaixonar por esse jeito de viver, repleto de emoções!
segunda-feira, 6 de outubro de 2014
Cause I'm a Writer e Outras Histórias - Poetry Time 27
A poesia de hoje é de uma série de poesias que eu já tinha falado aqui que acabaria aparecendo. Minhas poesias de Metalinguagem (explicando escrever escrevendo!) de que eu tanto gosto!
Nessa aqui, eu estava refletindo sobre o fato de escrever tanto sobre amor, sobre se apaixonar. É uma pergunta pertinente: o que seria de tantos escritores se o amor não existisse?
Na segunda estrofe, no segundo verso, tem uma palavrinha aí que alguns olhos mais aguçados podem perceber que está estranha. A palavra "desatrofia" na verdade não existe, é um "neologismo" meu... Era só pra ajudar nas rimas internas da poesia.
Poesia do dia 11 de julho de 2006 (terça-feira)
Imaginação Inspirada
O que seria de mim nessa vida
Se nessa eterna partida não existisse o amor?
E percebo que faço do amor um ofício,
Estando eu a serviço, ele é que é escritor.
Alcanço inspiração tão tardia,
A obra desatrofia, na duração do parto.
Amor é moléstia amena,
Da qual vivemos à pena, na calada do quarto.
Sofrer é explicação que se prende,
É o que o poeta defende como introdução.
Quem amou sem sofrer, não amou,
Apenas descontrolou a emoção.
Nesse jogo de palavras que preenchem o papel,
Tal como as estrelas do céu, anuncia o coração,
Que amor é um substantivo indecifrável
E amar é o verbo inevitável da razão.
Pois, se enquanto amar, se irá sofrer
E só o amor irá escrever o que é belo,
Eu prefiro desse mal continuar vivendo,
Mesmo os outros não entendendo tal duelo.
Já que a vida, em beleza, não se explica,
Sendo ela a mais rica explicação,
Eu me rendo à vontade do acaso
E, desde já, não lhe dou prazo, para a sua solução.
Nessa aqui, eu estava refletindo sobre o fato de escrever tanto sobre amor, sobre se apaixonar. É uma pergunta pertinente: o que seria de tantos escritores se o amor não existisse?
Na segunda estrofe, no segundo verso, tem uma palavrinha aí que alguns olhos mais aguçados podem perceber que está estranha. A palavra "desatrofia" na verdade não existe, é um "neologismo" meu... Era só pra ajudar nas rimas internas da poesia.
Poesia do dia 11 de julho de 2006 (terça-feira)
Imaginação Inspirada
O que seria de mim nessa vida
Se nessa eterna partida não existisse o amor?
E percebo que faço do amor um ofício,
Estando eu a serviço, ele é que é escritor.
Alcanço inspiração tão tardia,
A obra desatrofia, na duração do parto.
Amor é moléstia amena,
Da qual vivemos à pena, na calada do quarto.
Sofrer é explicação que se prende,
É o que o poeta defende como introdução.
Quem amou sem sofrer, não amou,
Apenas descontrolou a emoção.
Nesse jogo de palavras que preenchem o papel,
Tal como as estrelas do céu, anuncia o coração,
Que amor é um substantivo indecifrável
E amar é o verbo inevitável da razão.
Pois, se enquanto amar, se irá sofrer
E só o amor irá escrever o que é belo,
Eu prefiro desse mal continuar vivendo,
Mesmo os outros não entendendo tal duelo.
Já que a vida, em beleza, não se explica,
Sendo ela a mais rica explicação,
Eu me rendo à vontade do acaso
E, desde já, não lhe dou prazo, para a sua solução.
domingo, 5 de outubro de 2014
Cause I'm a Writer e Outras Histórias - Day 27
Eu já mencionei aqui que, sempre que tenho uma nova ideia, eu a anoto, seja numa folha de papel, num caderno ou no meu celular pra não esquecer. Outra coisa que eu tenho o costume de fazer são esquemas para organizar a escrita. Costumo fazer isso com os livros, organizando o enredo e o que cada capítulo precisa ter.
Eu sou bem chata com minha organização para escrever, mas, infelizmente, para grande pesar da minha mãe, isso não se reflete nas outras coisas! Meu armário é uma bagunça, meu quarto é uma bagunça, minha vida... Melhor nem perguntar!
Já até tentei fazer meus organogramas de escrever para tentar arrumar outras coisas, mas simplesmente não funciona! Acho que eu sou realmente aquilo que as pessoas costumam chamar de "alguém que vive no mundo da lua"...
Eu não gosto de "ser bagunceira", mas minha cabeça é tão virada para coisas imateriais e intangíveis, que o mundo físico fica mesmo meio de lado...
Claro que é uma pretensão estratosférica minha me comparar ao Einstein, mas ele dizia que todas as suas roupas eram iguais para que ele não precisasse gastar sua mente com pensamentos tão comuns como "o que vestir". Eu não sei se essa história é verdade ou não, mas o pensamento é muito bom e gosto de usá-lo pra me explicar nessa situação *rindo* Meu armário está uma bagunça sim, mas minhas ideias estão fluindo maravilhosamente bem!
Eu não sei se com outros escritores funciona assim também, porque cada pessoa é diferente da outra e escritores são ainda mais diferentes do que se espera, mas, por via das dúvidas, eu não vou esquentar a cabeça com minha bagunça, não enquanto tenho livros pra escrever!
Eu sou bem chata com minha organização para escrever, mas, infelizmente, para grande pesar da minha mãe, isso não se reflete nas outras coisas! Meu armário é uma bagunça, meu quarto é uma bagunça, minha vida... Melhor nem perguntar!
Já até tentei fazer meus organogramas de escrever para tentar arrumar outras coisas, mas simplesmente não funciona! Acho que eu sou realmente aquilo que as pessoas costumam chamar de "alguém que vive no mundo da lua"...
Eu não gosto de "ser bagunceira", mas minha cabeça é tão virada para coisas imateriais e intangíveis, que o mundo físico fica mesmo meio de lado...
Claro que é uma pretensão estratosférica minha me comparar ao Einstein, mas ele dizia que todas as suas roupas eram iguais para que ele não precisasse gastar sua mente com pensamentos tão comuns como "o que vestir". Eu não sei se essa história é verdade ou não, mas o pensamento é muito bom e gosto de usá-lo pra me explicar nessa situação *rindo* Meu armário está uma bagunça sim, mas minhas ideias estão fluindo maravilhosamente bem!
Eu não sei se com outros escritores funciona assim também, porque cada pessoa é diferente da outra e escritores são ainda mais diferentes do que se espera, mas, por via das dúvidas, eu não vou esquentar a cabeça com minha bagunça, não enquanto tenho livros pra escrever!
sábado, 4 de outubro de 2014
Cause I'm a Writer e Outras Histórias - Poetry Time 26
Essa é outra poesia que eu sou verdadeiramente apaixonada e também tem rimas internas!
Vale destacar a reaparição da simbologia das asas ("E em asas desenhadas eu caí..."), uma pequena conexão novamente com o mito de Ícaro.
Se nós tivemos uma série de poesias para o meu "Apolo", essa eu posso dizer que, assim como a anterior, faz parte de uma nova série para o meu... "Herói" (será que ele se acharia demais por ser chamado assim? *rindo*)
Poesia do dia 11 de abril de 2006 (terça-feira)
Sonhos que vem
Eu desacredito os Contos de Fadas
E em asas desenhadas eu caí...
Mas não posso lhe negar
Que fico até sem respirar ao seu sorrir.
Eu fugi e me escondi por medo
Acreditando ainda ser cedo para amar.
Deixei-me levar pela amizade
Esquecendo a prioridade de acabar.
Não me restou determinação
E, ignorando a razão, eu me entreguei.
Não vou dizer que me arrependerei, mas que seja meu destino,
Sendo esse tão ferino, por você, me libertei.
Você é meu bem, meu mal,
É o começo e o final, é meu amor.
Tão sedutor, conquistou-me na inocência
E a paciência esconde meu rubor.
Você, meu adorado anjo amigo,
Que me acolhe ao desabrigo, nem suspeita
Que, na espreita, eu te juro devoção,
Sendo você minha perdição, sempre perfeita.
Mas, sendo eu tão carente e tão medrosa,
Sendo eu tão melindrosa, prefiro assim permanecer.
Se você o meu amor desconhecer, o terei eternamente,
Com meu amor sobrevivente, sem ter de lhe perder.
Eu estarei sempre ao seu lado,
Meu coração, acostumado a abdicar.
Não importa se o meu amor não sentir,
Porque eu sei até fingir que nada vai mudar.
Eu já me acostumei a despedidas,
De palavras comedidas, exaurir.
Eu sempre serei apaixonada
E pra não sair machucada, talvez o deixe ir.
Vale destacar a reaparição da simbologia das asas ("E em asas desenhadas eu caí..."), uma pequena conexão novamente com o mito de Ícaro.
Se nós tivemos uma série de poesias para o meu "Apolo", essa eu posso dizer que, assim como a anterior, faz parte de uma nova série para o meu... "Herói" (será que ele se acharia demais por ser chamado assim? *rindo*)
Poesia do dia 11 de abril de 2006 (terça-feira)
Sonhos que vem
Eu desacredito os Contos de Fadas
E em asas desenhadas eu caí...
Mas não posso lhe negar
Que fico até sem respirar ao seu sorrir.
Eu fugi e me escondi por medo
Acreditando ainda ser cedo para amar.
Deixei-me levar pela amizade
Esquecendo a prioridade de acabar.
Não me restou determinação
E, ignorando a razão, eu me entreguei.
Não vou dizer que me arrependerei, mas que seja meu destino,
Sendo esse tão ferino, por você, me libertei.
Você é meu bem, meu mal,
É o começo e o final, é meu amor.
Tão sedutor, conquistou-me na inocência
E a paciência esconde meu rubor.
Você, meu adorado anjo amigo,
Que me acolhe ao desabrigo, nem suspeita
Que, na espreita, eu te juro devoção,
Sendo você minha perdição, sempre perfeita.
Mas, sendo eu tão carente e tão medrosa,
Sendo eu tão melindrosa, prefiro assim permanecer.
Se você o meu amor desconhecer, o terei eternamente,
Com meu amor sobrevivente, sem ter de lhe perder.
Eu estarei sempre ao seu lado,
Meu coração, acostumado a abdicar.
Não importa se o meu amor não sentir,
Porque eu sei até fingir que nada vai mudar.
Eu já me acostumei a despedidas,
De palavras comedidas, exaurir.
Eu sempre serei apaixonada
E pra não sair machucada, talvez o deixe ir.
sexta-feira, 3 de outubro de 2014
Cause I'm a Writer e Outras Histórias - Day 26
Existem vezes em que, com eu falei no texto passado, eu não estou com papel e caneta na mão, mas não é por isso que o modo "escritor" fica desabilitado na minha cabeça *gargalhando*
Por exemplo, não dá pra ficar escrevendo quando eu estou viajando de carro ou de ônibus (já tentaram escrever dentro de um veículo em movimento? Não há letra bonita que fique legível!), então, nesses momentos, minha cabeça voa longe e deixa a imaginação brincar solta, procurando por novas ideias para moldar.
Acho que não tem nada que me inspire mais do que ficar com o olhar perdido no horizonte, vendo a paisagem passar. Mesmo que seja a mesma paisagem todos os dias (voltando do trabalho, pelo caminho de casa), sempre existe uma história nova que você ainda não destrancou ali.
Uma coisa que eu realmente gosto é de ver a cidade à noite! Isso me contagia com um sentimento de inspiração que eu não acho que algum dia vou saber explicar!
Nesses momentos, minha cabeça começa a fazer literatura sozinha! Começa a inventar cenas e diálogos e histórias e brincar de "faz de conta" como quando a gente é criança e tenta entender o mundo e seu funcionamento!
Muitas vezes, essas histórias são só para me distrair da viagem, pintar o mundo ao meu redor com cores que os adultos tendem a esquecer que existem... Mas algumas dessas ideias ganham corpos sólidos e voltam mais vezes à minha cabeça até que eu as escreva!
É mais ou menos assim que minhas invenções brotam! Elas vão se desenhando na minha cabeça como quem não quer nada e, quando a arte final é muito bonita, eu sei que não tenho o direito de guardá-la só pra mim!
Por exemplo, não dá pra ficar escrevendo quando eu estou viajando de carro ou de ônibus (já tentaram escrever dentro de um veículo em movimento? Não há letra bonita que fique legível!), então, nesses momentos, minha cabeça voa longe e deixa a imaginação brincar solta, procurando por novas ideias para moldar.
Acho que não tem nada que me inspire mais do que ficar com o olhar perdido no horizonte, vendo a paisagem passar. Mesmo que seja a mesma paisagem todos os dias (voltando do trabalho, pelo caminho de casa), sempre existe uma história nova que você ainda não destrancou ali.
Uma coisa que eu realmente gosto é de ver a cidade à noite! Isso me contagia com um sentimento de inspiração que eu não acho que algum dia vou saber explicar!
Nesses momentos, minha cabeça começa a fazer literatura sozinha! Começa a inventar cenas e diálogos e histórias e brincar de "faz de conta" como quando a gente é criança e tenta entender o mundo e seu funcionamento!
Muitas vezes, essas histórias são só para me distrair da viagem, pintar o mundo ao meu redor com cores que os adultos tendem a esquecer que existem... Mas algumas dessas ideias ganham corpos sólidos e voltam mais vezes à minha cabeça até que eu as escreva!
É mais ou menos assim que minhas invenções brotam! Elas vão se desenhando na minha cabeça como quem não quer nada e, quando a arte final é muito bonita, eu sei que não tenho o direito de guardá-la só pra mim!
quinta-feira, 2 de outubro de 2014
Cause I'm a Writer e Outras Histórias - Poetry Time 25
Eu AMO essa poesia! Foi minha primeira poesia com rimas internas e eu fiquei tão feliz por ter conseguido escrevê-la! Acho que fica tão bem lapidada, tão bem trabalhada!
Gosto da ideia de se chamar "De repente"... Porque é assim mesmo que acontecem as melhores coisas da vida, como acontecem amores como esse aqui descrito... Esse amor que nasce quando menos se espera!
Essa poesia conta a história de uma garota apaixonada por um amigo e ela tem medo de dizer o que sente por ele porque acha que não vai ser correspondida e a amizade vai acabar. Uma história bem conhecida por várias garotas, não é verdade?
Poesia do dia 24 de fevereiro de 2006 (sexta-feira)
De repente
Seu olhar esconde sua simplicidade,
Esconde a contrariedade em fingir.
Que a vida esconde tal nuance,
Cujo qual vi de relance, insistindo em mentir.
Em minhas mãos tão singelas, veementes,
Escrevo palavras condizentes, pra você, eu descrever.
E pra não desmerecer sua perfeição,
Nem tão pouco minha afeição, prefiro não lhe responder.
Pondero com cautela e leveza
Cada traço de beleza que aos poucos percebi.
Em cada linha, escrevi sua amizade
E toda a coragem que então eu escondi.
Em todo afeto está ao passo da verdade
Em meio a promiscuidade, amizade ou amor?
Que de paixões vive o compositor, que, se ainda está sozinho,
Ansiando por carinho, sofrendo em meio a dor.
Sempre espero ansiosa, sua chegada,
Seu sorriso, minha alvorada, delicioso aparecer.
Fico triste em não te ver, eu adoeço...
Passam dias, não te esqueço, penso: vou enlouquecer.
Anoitece meu sono não aproxima,
Sofrimento de menina, apaixonada por você.
E é quando, logo vê, eu adormeço,
Sem então, desapareço, sem entender o porquê.
Eu te amo e amar não é errado
E por séculos sagrado e prevalece ao amanhecer.
Eu escondo e não sei como dizer e, se eu for me declarar,
E você me rejeitar, sinto que posso até morrer.
Gosto da ideia de se chamar "De repente"... Porque é assim mesmo que acontecem as melhores coisas da vida, como acontecem amores como esse aqui descrito... Esse amor que nasce quando menos se espera!
Essa poesia conta a história de uma garota apaixonada por um amigo e ela tem medo de dizer o que sente por ele porque acha que não vai ser correspondida e a amizade vai acabar. Uma história bem conhecida por várias garotas, não é verdade?
Poesia do dia 24 de fevereiro de 2006 (sexta-feira)
De repente
Seu olhar esconde sua simplicidade,
Esconde a contrariedade em fingir.
Que a vida esconde tal nuance,
Cujo qual vi de relance, insistindo em mentir.
Em minhas mãos tão singelas, veementes,
Escrevo palavras condizentes, pra você, eu descrever.
E pra não desmerecer sua perfeição,
Nem tão pouco minha afeição, prefiro não lhe responder.
Pondero com cautela e leveza
Cada traço de beleza que aos poucos percebi.
Em cada linha, escrevi sua amizade
E toda a coragem que então eu escondi.
Em todo afeto está ao passo da verdade
Em meio a promiscuidade, amizade ou amor?
Que de paixões vive o compositor, que, se ainda está sozinho,
Ansiando por carinho, sofrendo em meio a dor.
Sempre espero ansiosa, sua chegada,
Seu sorriso, minha alvorada, delicioso aparecer.
Fico triste em não te ver, eu adoeço...
Passam dias, não te esqueço, penso: vou enlouquecer.
Anoitece meu sono não aproxima,
Sofrimento de menina, apaixonada por você.
E é quando, logo vê, eu adormeço,
Sem então, desapareço, sem entender o porquê.
Eu te amo e amar não é errado
E por séculos sagrado e prevalece ao amanhecer.
Eu escondo e não sei como dizer e, se eu for me declarar,
E você me rejeitar, sinto que posso até morrer.
quarta-feira, 1 de outubro de 2014
Cause I'm a Writer e Outras Histórias - Day 25
Por mais que eu diga que ter feito Letras não tenha um papel tão importante no fato de ser escritora como as pessoas pensam (não existe um curso que te ensine realmente a ser escritor, infelizmente...), eu tirei dela o melhor proveito que pude pra me aperfeiçoar.
Escrever é uma coisa que está dentro de você no seu nascimento, não dá pra aprender. Se desse, todo mundo seria escritor, não é verdade?
Acho que ainda estava no primeiro ou segundo ano de faculdade, já uns quatro ou cinco anos, quando minha professora propôs um exercício de redação que eu achei muito interessante: ela nos disse pra escolher um assunto que estivéssemos vendo em outra matéria que nos interessasse e dissertássemos sobre ele numa transparência pra sala corrigir em conjunto. A identidade dos autores ficaria em segredo pra que ninguém ficasse constrangido.
Eu me animei a escrever sobre Literatura de Informação e defendi porque devia ser tratada como Literatura como todas as outras escolas literárias. Durante a correção dele, alguém perguntou para a professora como se adquiria aquele traquejo com as palavras e a resposta foi bem simples: prática. Ela sabia que o texto era meu e sabia que eu escrevo muito, que eu tenho familiaridade com produção textual.
O "segredo" para aprender a se escrever bem é escrever sempre! Pelo menos, é assim comigo! Eu estou sempre escrevendo, o tempo todo! Quando não estou com a caneta na mão, estou pensando no que ando escrevendo, no que quero escrever... E, como eu tenho uma péssima memória, anoto as melhores ideias que surgem para não esquecer, normalmente nas notas do meu celular (acho que já passaram de mil!)
Taí mais um segredo pra vocês *ri*
Escrever é uma coisa que está dentro de você no seu nascimento, não dá pra aprender. Se desse, todo mundo seria escritor, não é verdade?
Acho que ainda estava no primeiro ou segundo ano de faculdade, já uns quatro ou cinco anos, quando minha professora propôs um exercício de redação que eu achei muito interessante: ela nos disse pra escolher um assunto que estivéssemos vendo em outra matéria que nos interessasse e dissertássemos sobre ele numa transparência pra sala corrigir em conjunto. A identidade dos autores ficaria em segredo pra que ninguém ficasse constrangido.
Eu me animei a escrever sobre Literatura de Informação e defendi porque devia ser tratada como Literatura como todas as outras escolas literárias. Durante a correção dele, alguém perguntou para a professora como se adquiria aquele traquejo com as palavras e a resposta foi bem simples: prática. Ela sabia que o texto era meu e sabia que eu escrevo muito, que eu tenho familiaridade com produção textual.
O "segredo" para aprender a se escrever bem é escrever sempre! Pelo menos, é assim comigo! Eu estou sempre escrevendo, o tempo todo! Quando não estou com a caneta na mão, estou pensando no que ando escrevendo, no que quero escrever... E, como eu tenho uma péssima memória, anoto as melhores ideias que surgem para não esquecer, normalmente nas notas do meu celular (acho que já passaram de mil!)
Taí mais um segredo pra vocês *ri*
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