Essa poesia tem uma coisa muito importante nela. É o começo da minha fase metalinguística. Eu escrevi algumas poesias sobre como é escrever (meio que a mesma coisa que eu tenho feito aqui no blog) e aqui, quando eu falo "Eu pareço viver isso tudo/ Quando escrevo, até lembra verdade" já é um princípio disso.
Outro ponto importante que eu encontrei aqui está na estrofe "Nasci pra ser sereia ou fada/ Não pra essa vida terrena/ Pelo céu ou o mar, libertada/ De uma vida enterrada e serena"... Eu acho que já falei por aqui que essa é uma característica sempre presente nas minhas poesias, esse desejo de liberdade, de que eu preciso fazer algo muito maior da minha vida.
Aqui também tem um pontinho pequeno de Licença Poética (que eu tentei, mas não consegui consertar enquanto passava pra cá): "Cumprindo para o que fora nascida".
E, pra finalizar, ainda encontramos os olhos verdes do meu Apolo, que ainda não foram embora completamente.
Poesia do dia 12 de janeiro de 2006 (quinta-feira)
O que há de verdade
Eu pareço viver isso tudo
Quando escrevo, até lembra verdade
Minhas palavras de macio veludo
Inspiram intensidade.
Mas é sonho, não é pecado.
Sonho com verdes olhos atentos,
Sonho com amor namorado,
Sonho com lindos e apaixonados momentos.
Nasci pra ser sereia ou fada
Não pra essa vida terrena
Pelo céu ou o mar, libertada
De uma vida enterrada e serena.
A vida é cavalo sem rédea,
É isso que a torna bela.
É peça de drama ou comédia,
É cera derretida de vela.
Eu sonho em controlar minha vida
E cavalgar para um novo horizonte
Cumprindo para o que fora nascida,
Nascida e mergulhada na fonte.
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