Espero que não esteja ficando entediante essa parte em que eu falo "bom, essa poesia foi feita pra mesma pessoa da qual eu falei no Poetry Time 10", mas eu prometo que elas já estão quase no fim...
O que eu gosto nessa poesia é essa expressão que te na primeira estrofe: "queira que encontre no mundo/ os olhos de dentro do mar"... Eu tenho muito orgulho de ter escrito isso! Mais do que eu consigo expressar aqui!
Eu tenho uma fascinação por olhos (mas acho que isso é muito abrangente quando se trata de mulheres, né? aquela coisa de "olho no olho" é sempre muito importante), gosto muito das coisas que os olhos dizem sem precisar de palavras... É o que fala na segunda estrofe.
É muito interessante ler essas poesias depois de tanto tempo, porque elas trazem com elas as lembranças de quando eu as escrevi e eu gosto muito dessa nostalgia! Interpretar todos esses sentimentos e ler todas as figuras de linguagem que começavam a nascer nessa época!
Poesia do dia 17 de setembro de 2005 (sábado)
Criatura do Lago
Lá dentro, no fundo
Algo ou alguém a me olhar.
Queira que encontre no mundo
Os olhos de dentro do mar.
Verdes, tão latejantes,
Sempre, onde quer que eu esteja,
Selados, tão ofegantes,
Revelam o que a boca deseja.
Amar, verbo transitivo,
Que tem significado completo,
Razão em definitivo,
Compasso, sempre incerto.
Ando a esmo na vida
Procurando encontrar você.
Felicidade sob medida
Nasce, sem conceber.
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