Uma poesia escrita bem no dia do Natal *ri* mas eu estava muito focada na minha própria desilusão amorosa e na minha reconstrução pra escrever alguma coisa sobre a data em si...
Eu gosto muito de ter chamado essa poesia de "Senhora" como o livro de José de Alencar. Foi exatamente daí que eu tirei a ideia, apesar de realmente decidir ser "leal somente a mim" e fugir do final do livro. Mas eu não julgo o final que Alencar escreveu, antes que me perguntem! Era uma época completamente diferente e, apesar da minha opinião quando eu tive contato pela primeira vez com a obra (eu fiquei revoltada *gargalhando*), eu tinha só dezesseis anos e entendia pouco de Literatura (comparado ao que consigo entender hoje... Imagina daqui alguns anos? Vou reler esses textos e pensar que entendia bem pouco de Literatura agora também! Assim espero!)
Essa fecha oficialmente as poesias para meu Herói, mas não foi um adeus de verdade. Foi um autoconhecimento e foi uma fase muito boa, que abriu as portas para uma ainda melhor.
Um último comentário que eu quero fazer aqui é sobre os versos da segunda estrofe: "Eu conjuguei todos os atos/ E dediquei as sensações sem lhe mentir". Eu já falei sobre essa ideia de "conjugar atos" numa poesia que já escrevi aqui de metalinguagem e é muito interessante ver a ideia se repetir agora num poema de "amor".
Poesia do dia 25 de dezembro de 2007 (terça-feira)
Senhora
Parte meu coração, ao deixar partir.
Faltam as palavras, o pesar.
Faltam, não para denegrir,
Faltam para finalizar.
Eu conjuguei todos os ator
E dediquei as sensações sem lhe mentir.
Eu fui fiel a todos os recatos,
Sem nenhuma vez me iludir.
E agora, separadas a velha e nova vida,
Erradicada aquela ao me sentir,
Sem momentos, lembranças ou ferida,
Errante criatura hei de seguir.
Estou forte em ser meu porto seguro
Ou içar velas e um novo rumo aderir.
Liberta de qualquer sentimento imaturo,
Leal somente a mim, não vou cair.
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