Acho que essa é uma das minhas poesias preferidas, porque nela está a dor e o sofrimento que eu sentia naquele momento da maneira certa, sem faltar nenhuma lágrima... Nós estamos chegando ao fim das poesias para o meu Herói.
O que eu acho mais interessante nessa poesia é que ela já tem um sentimento que eu só fui perceber muito depois... Por mais que fosse o fim e eu não quisesse que terminasse, eu aceitei bem, mas uma coisa eu não podia aceitar nunca era que a amizade também terminasse. Foi uma decisão difícil, mas eu consegui "tatear a beleza da amizade" e não me arrependo.
Amizades que nascem numa gargalhada são imortais, não importa o que aconteça entre eles...
Poesia do dia 15 de outubro de 2007 (segunda-feira)
Carta ao Grande Amor
Eu já não sei lhe dizer adeus,
E minhas lágrimas não o comoverão...
Com tantos retalhos de pensamentos meus,
Arranco do peito a alma e a criação...
O pouco que se vive é o pouco a se morrer,
É sempre a aurora, a perdição, minha derrota.
É o pouco que não consigo lhe dizer.
É o que existe entre a escuridão e a rota.
Eu rasgo em mim a clareza, a sanidade
Pra que o sangrar dure mais que essa dor.
Para tatear a beleza da amizade
E enterrar de uma vez o esplendor.
Cala no meu peito a dolorosa ira,
Pra que não extermine o meu viver,
Pra que deixe o meu sorrir numa mentira,
Pra que conforte o coração em não te ter.
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