Eu gosto muito da sonoridade dessa poesia! Acho que é uma das coisas que eu mais gosto! Gosto dos versos que combinam da primeira e da última estrofe: "um terço de lágrimas derramadas" e "meu terço de lágrimas vertidas".
Pra quem sabe dos planos sobre a série da Casa das Hostesses pode encontrar aqui que a ideia que eu pretendo desenvolver no próximo livro já me intrigava desde essa época *ri*
Aqui encontramos novamente a metáfora das 'asas da infância' e do 'labirinto', retomando o Mito de Ícaro.
Um parêntese pequenininho pra quem é, assim como eu, leitor da série "Maze Runner": intrigante falar sobre labirinto e fulgor, não?
Poesia do dia 14 de abril de 2008 (segunda-feira)
Oração Silenciosa
Oh, oração silenciosa,
De um terço de lágrimas derramadas,
Uma vigília dolorosa
De muitas almas abaladas.
Eu busco Luz para o fim da Escuridão,
Apego-me a toda felicidade.
Pra não me render à angústia da prisão
E me libertar das correntes da ansiedade.
As asas da infância me abandonaram,
Derreteram e agora só me resta cair.
As trevas do labirinto em que me jogaram
Incendeiam-se até me consumir.
Meu terço de lágrimas vertidas,
Reclama o fulgor da alma misteriosa.
Choro a ardência das feridas,
Oh, oração silenciosa!
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