Essa poesia ainda é para o meu "Herói"... Dá pra perceber a diferença entre essas e as anteriores, não?
Eu gosto muito dela porque aqui aparecem duas metáforas que eu voltei a usar recentemente: a do "quarto sem paredes ou janelas" e da chuva! Eu tenho uma coisa muito forte com chuva e ainda vou explicar aqui no "Cause I'm a Writer" qualquer dia...
Poesia de 04 de novembro de 2007 (domingo)
Ausência
Eu olho agora este quarto vazio
E a chuva que cai lá fora sem parar,
A primavera enfeitando-se ao estio,
O abandonado espectro a vagar.
Um quarto sem parede ou janela
Não impede a chuva de entrar...
Esse quarto, que agora é sua cela,
Vai eternamente assombrar.
Esse vazio tão mundano e obscuro
Que não permite nada preencher,
Um cálice profano e imaturo
Que entidade alguma irá tecer.
Lembranças de vidas já passadas
Permanecem neste quarto, esquecidas,
Permanecem nesta atmosfera, abaladas,
Sem nunca declararem-se perdidas...
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