Acho que o meu maior sofrimento nesse período da minha vida, em que essas poesias surgiram dessa forma tão diferente, tão cinzentas era o processo de amadurecimento. Acho que não existe nada que seja mais tortuoso do que deixar de ser criança e se tornar adulto (não que eu seja um grande exemplo de maturidade...) e eu relutava bastante ("Não estou pronta pra seguir"), sofria bastante ("Mas parar é quase como morrer...") e me perturbava bastante ("Eu sou o elo fraco da corrente")...
Foi um período conturbado de verdade...
Poesia do dia 16 de abril de 2008 (quarta-feira)
Abandono
O meu choro desesperado,
O choro de criança perdida.
A dor do corpo machucado,
Da inocência sem vida...
Eu quero de volta a Liberdade,
De volta os dias ensolarados...
Sobreviver a toda realidade
É tão ruim quanto meus pecados...
Não estou pronta pra seguir,
Mas parar é quase como morrer...
Como eu posso continuar a fingir,
Se não teve importância meu querer?
Eu sou o elo fraco da corrente,
Imaturo, amargurado e sensível.
Sangrando o coração, a dor que sente,
Se acorrenta no silêncio, intangível.
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