Imagine que você está sozinho dentro de uma casa. Não é a sua casa. Você não sabe onde estão as outras pessoas e não sabe se já esteve naquele lugar antes, tudo parece desconhecido e sombrio.
Não sombrio "filme de terror", sombrio de frio, de doloroso, de triste...
Você começa a andar por essa casa e tenta descobrir alguma coisa, mas está cada vez mais escuro, parece que o sol está se pondo e não tem energia elétrica nesse lugar, quando estiver noite, será praticamente impossível enxergar alguma coisa.
O lugar também é muito frio e todas as portas estão trancadas, só o que você escuta são os seus próprios passos. Você tenta chamar alguém para te ajudar, mas sua voz sai fraca, nem mesmo você é capaz de se escutar.
Aquele lugar te causa angústia, arrepios, vontade de chorar e a cada novo corredor, tudo parece novo e desconhecido e hostil. Aquela solidão começa a te sufocar, você quer gritar e não tem voz, você quer correr e não tem forças, você quer respirar e lhe falta o ar.
Para piorar, esse lugar, que você não sabe, fica na beirada de um abismo e, dependendo de onde você está pisando, pende mais pra queda ou mais pra terra...
Essa casa é você! Você não é capaz de se reconhecer, você não consegue pedir ajuda, você se sente sozinho e machucado. A Doença te trancou ali dentro e a cada dia você pode cair.
Vejo vocês no próximo
Déborah Felipe
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