Quando eu coloquei essa poesia que vamos revisitar agora no Poetry Time era a mudança de 2014 para 2015 e eu não sabia direito se ela tratava de um sentimento que tinha ido embora ou se ainda estava ali. Eu queria poder pegar em minha mão e me dizer que é um sentimento que ainda está aqui, mas tudo bem! Você vai ficar bem!
Futuro
Por quanto tempo ainda vai durar
Toda essa minha solidão?
Essa noite infinda sem luar,
Na estrada escura da ilusão?
Que dor é essa que fere e não existe?
Que traz a espada transpassada pelo peito?
Que condena o coração a ser tão triste?
Que faz qualquer problema não ter jeito?
Essa angústia dilacera sem motivo,
Encarcera a razão inconstante.
Traz no impossível um atrativo
De uma ansiedade tão sem precedente.
Eu busco dolorosamente essas respostas,
Como eu queria esse segredo desvendar...
Pra não errar nesse jogo de apostas
Que é o Futuro a me espreitar...
Eu não sabia o que estava acontecendo comigo, como eu falo tantas vezes nessas minhas novas análises, pode até parecer repetitivo, mas é um fato. Quando a Depressão me pegou eu não tinha ideia do que estava acontecendo. Eu acreditava que a Depressão era tantas coisas que não conseguia enxergar o que estava bem na minha frente.
O que é essa dor que fere e não existe? Que traz a espada transpassada pelo peito? Que condena o coração a ser tão triste? Que faz qualquer problema não ter jeito? A Depressão!
Uma resposta tão simples e tão dolorosa quanto as perguntas, tão difícil e tão elucidativa! Às vezes, eu me pergunto se eu teria entendido e aceitado mais fácil se tivesse tido alguma ajuda. Muito provavelmente, mas o caminho é tortuoso e diferente para cada um.
Vejo vocês no próximo
Déborah Felipe
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