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quarta-feira, 31 de dezembro de 2014

Cause I'm a Writer e Outras Histórias - Poetry Time 66



Pode até parecer que foi marcado, mas não foi! Eu tenho postado as poesias na ordem em que as escrevi e calhou de a poesia de hoje, a última poesia do ano de 2014, ser uma poesia que eu escrevi no dia 1º de janeiro de 2009, que foi uma quinta-feira, como vai ser o dia 1º de janeiro de 2015! Espero que isso signifique alguma coisa boa *ri*

Veio ainda mais a calhar o fato da poesia se chamar "Futuro", não? E esse sentimento que ela traz é um sentimento que eu não sei bem dizer se nunca foi embora ou se acabou de voltar em mim, mas que ainda está bem aqui, procurando por essas respostas...

Mais uma vez, eu quero agradecer pelos leitores que eu tenho, aqui, no Nyah!, em todos os lugares do mundo, pela inspiração que eles me trazem e principalmente pela inspiração que vem de Deus! Porque se não viesse dEle, eu não sei dizer se viria ou de onde viria... Muito obrigada por 2014 ter me proporcionado novas Literaturas, afastando por mais um ano a ameaça de minha fonte secar!

Que 2015 seja bem menos Drama Queen do que 2014 foi e que traga só coisas boas! Bons momentos, bons amigos, bons sucessos, bons livros, bons amores! Que ele seja menos duro nas lições que eu tenho ainda de aprender e mais maleável nos objetivos que eu quero alcançar! Que seja um ano de realizações!

Feliz Ano Novo pra todo mundo!

Poesia do dia 1º de janeiro de 2009 (quinta-feira)

Futuro

Por quanto tempo ainda vai durar
Toda essa minha solidão?
Essa noite infinda sem luar,
Na estrada escura da ilusão?

Que dor é essa que fere e não existe?
Que traz a espada transpassada pelo peito?
Que condena o coração a ser tão triste?
Que faz qualquer problema não ter jeito?

Essa angústia dilacera sem motivo,
Encarcera a razão inconstante.
Traz no impossível um atrativo
De uma ansiedade tão sem precedente.

Eu busco dolorosamente essas respostas,
Como eu queria esse segredo desvendar...
Pra não errar nesse jogo de apostas
Que é o Futuro a me espreitar...

terça-feira, 30 de dezembro de 2014

Cause I'm a Writer e Outras Histórias - Day 66



Como no último dia do ano, vai ser um dia de Poetry Time, este é o último post do ano do "Cause I'm a Writer" e eu quero que seja especial!

2014 foi um ano bem difícil (quando a gente vai se tornando adulto, os anos vão ficando cada vez mais difíceis...), mas eu tive muitos bons momentos também e, apesar de algumas coisas terem se partido, se quebrado para sempre, as pessoas que quiseram ficar na minha vida, mesmo que as minhas muralhas de gelo tenham ficado ainda mais temperamentais, são as melhores possíveis!

2014 eu concluí o terceiro livro da "Casa das Hostesses", tive muitas boas ideias, desenvolvi esse projeto do blog contando minhas peripécias como escritora que também pode acabar virando livro... Foi um ano bastante literário pra mim e não tem nada que me deixe mais feliz!

Eu ainda tenho algumas coisas pra contar aqui sobre meus livros, algumas poesias pra mostrar e "explicar" (nem sei se minhas explicações fazem muito sendo pra alguém...), então o "Cause I'm a Writer" continua (pelo menos em janeiro... Alguma sugestão pra o que fazer depois?)!

Com esses textos, como eu já disse, eu aprendi muito sobre mim mesma e sobre a minha escrita e não tem presente maior para um escritor do que este, então, eu sou muito grata, de verdade, pela ideia que a Camii me deu, pelos comentários que eu recebi, pelas pessoas que estão sempre aqui lendo, pelos retweets nas minhas poesias do blog "The Poetry and Me Daily" (http://paper.li/GoodPoetryBlog/1341401558) e por 2014 ter sido bom (pelo menos nesse aspecto!) pra meu "eu-lírico"!

Até 2015!

"Da Literatura piegas nos livre Deus sobre todas as coisas" Almeida Garret.

segunda-feira, 29 de dezembro de 2014

Cause I'm a Writer e Outras Histórias - Poetry Time 65

Se tem uma coisa que eu gosto de verdade é de pensar em escrever como algum tipo de magia, feitiçaria (tudo do bem, é claro, né? *ri* não vamos nos exaltar e queimar escritores na fogueira também...) e eu não consigo me decidir se gosto mais da palavra "feitiço" ou "spell"! Acho que elas duas tem tanta coisa escondidas, não apenas em seus significados... Pois é... Eu também penso nessas coisas quando escrevo, na escolha certa de palavras que tenham uma ligação (pelo menos pra mim) com o que eu estou falando...

E um "feitiço do adeus" é uma ideia tão bonita... Acho que não tem uma dor maior do que essa... Dizer adeus... Em todos os sentidos também que ela agrega...

Essa é mais uma poesia minha que tem uma entidade proclamada por uma maiúscula alegorizante, "Insônia" e acho que é uma das entidades que eu mais gosto! Acho a Insônia inspiradora e torturadora e isso é tão intrigante... Pensar que você não consegue ter domínio do próprio sono...

Poesia do dia 26 de agosto de 2008 (terça-feria)

Good Bye Spell

Doce, muito doce sentimento
Que aparece de repente, sem convite.
Dor que incomoda o pensamento
E que a Insônia atacar a noite, permite.

Doce flâmula, cálida de felicidade,
Que se acende e se apaga, dia-a-dia,
Seu prazer de separar é a maldade,
Seu êxtase em provocar agonia.

A dor de dizer adeus a alguém que ama,
Como se a felicidade fosse uma flor
Que murcha no inverno, nessa grama,
Como se a liberdade fosse um calabouço traidor...

Feitiço do adeus e da saudade,
Que faz a minha alma enlouquecer.
Tentação da minha ingente ingenuidade
Que me prender ao vosso bem querer.

domingo, 28 de dezembro de 2014

Cause I'm a Writer e Outras Histórias - Day 65

Richard Castle (Nathan Fillion) e Kate Beckett (Stana Katic)


Como eu falei sobre conviver com um escritor (e usei uma cena como foto do post!), finalmente eu vou conseguir falar aqui sobre um assunto que eu estou há um tempão tentando encaixar no "Cause I'm a Writer"... Meu seriado preferido: CASTLE!

Castle tem tudo a ver com esses textos e comigo porque é sobre um escritor de romances policiais, Richard Castle, que vai trabalhar com a polícia de NY para fazer pesquisa para seus próximos livros, em que baseará sua protagonista na detetive Kate Beckett!

Eu sou loucamente apaixonada por esse seriado porque ele capta tão bem a essência de um escritor (apesar do Castle ser um tantinho excêntrico além da conta *ri*) e ainda mais como funciona o relacionamento de um escritor e sua musa! É tão impecável a maneira como ele age com a Beckett que até me tira o fôlego!

Eu nunca escrevi nenhuma fanfic sobre Castle, apesar de isso soar estranho, já que eu sou escritora de fanfics e é meu seriado preferido, mas é exatamente porque eu nunca senti necessidade. Eu nunca terminei de assistir a um episódio sentindo vontade de completar nada porque ele já tem tudo o que eu quero ver: romance, comédia, suspense, drama, personagens maravilhosas, um protagonista cativante, uma protagonista forte... É um dos seriados mais completos e mais bem escritos de todos os tempos!

O Castle é tudo o que eu mais quero ser um dia!

Infelizmente, os box de temporada de Castle não vendem no Brasil e eu não consigo entender por que, já que passa na TV há anos, tem dublado e já chegou a passar na TV aberta por um tempinho...

#Vendam Castle no Brasil!

sábado, 27 de dezembro de 2014

Cause I'm a Writer e Outras Histórias - Poetry Time 64

Eu estava procurando nas minhas poesias anteriores para colocar aqui, mas não consegui encontrar dessa vez... Eu tenho certeza de que tenho uma frase muito parecida com essa que está na terceira estrofe "Nossa amizade, em palavras, não se explica,/ Sendo ela a mais rica explicação", mas o jeitinho dela se parece com minhas poesias para o meu "Herói", não parece? Pois é... Eu não consegui viver nem mesmo um ano inteiro sem ele... Mas não da mesma forma, de uma forma diferente, mais parecida com a de quando nos conhecemos e assim ele continua na minha até hoje! Meu melhor amigo no mundo inteiro!

Acho que eu não conseguiria explicar essa relação melhor do que "Essa amizade que nasceu tão de repente,/ Conseguiu me salvar da minha escuridão"!

Poesia do dia 25 de agosto de 2008 (segunda-feira)

União

Você que está tão perto, mesmo tão distante,
Que consegue alegrar tanto meu viver,
Tornou-se para mim mais importante
Do que eu jamais saberei descrever.

Um captor, muito mais do que um amigo,
Alguém tão disposto a me entender,
Que rompeu o meu feitiço antigo
Que eu usava pra me esconder.

Nossa amizade, em palavras, não se explica,
Sendo ela a mais rica explicação.
Com toda sua alegria, modifica,
Confundindo o que eu julgava ser razão.

Eu fixo agora esse elo permanente
Pra que sempre exista nossa ligação.
Essa amizade, que nasceu tão de repente,
Conseguiu me salvar da minha escuridão.

sexta-feira, 26 de dezembro de 2014

Cause I'm a Writer e Outras Histórias - Day 64

cena do meu seriado preferido "CASTLE"


Eu acho muito engraçado o jeito como eu me empolgo quando estou escrevendo, principalmente quando estou escrevendo sobre escrever *ri* pareço uma maluca, surtando sozinha de empolgação e felicidade e isso me fez pensar em como é difícil conviver com um escritor...

O ruim de conviver com um escritor é que nossos assuntos sempre giram em torno do que estamos escrevendo no momento, as pesquisas que temos feito para esse trabalho, as ideias que temos tido... Nunca vou me esquecer de quando assisti um documentário sobre o C. S. Lewis, escritor de "As Crônicas de Nárnia", que falou sobre a amizade dele e do Tolkien e o clube de escritores que eles tinham, onde conversavam sobre suas criações... Por dezessete anos, a frase de Tolkien era "eu escrevi uma nova parte de O Senhor dos Anéis" *ri* Mas é bem assim mesmo... É só pra perguntar pras minhas amigas se eu não fico falando sem parar sobre A Casa das Hostesses... Eu falo mesmo...

Sem contar as brainstorms e a hiperatividade por causa das grandes quantidades de café ou de açúcar ingeridas... Com isso também não é nada fácil de lidar...

E quando você está falando com um escritor e não tem certeza de se ele está realmente te ouvindo ou se está fazendo anotações do que você está dizendo pra usar em algum livro ou talvez esteja fazendo literatura com a própria imaginação, porque o olhar dele está perdido, distante, como se estivesse em outro lugar e nem se lembra mais de onde realmente está?

Não sei se é um medo frequente entre as pessoas que convivem com um escritor (ou nas pessoas que convivem comigo), mas talvez devesse ser... O ruim de conhecer um escritor é a possibilidade de acabar entrando em um dos livros dele, pode ser uma homenagem bonita, mas e se vocês se desentenderem e ele acabar te fazendo um personagem que todo mundo odeia? E se ele decidir te matar nos livros dele? Isso me lembra também uma outra história com escritores que eu gosto... No documentário sobre o último livro de Harry Potter, eu acho, a J.K. Rowling foi até sua cidade natal, se não me engano, e encontrou num livro de registros de onde ela tirou inspiração para o nome de um de seus personagens "ruins" e disse pra esconderem aquele livro, para queimá-lo *ri* É bem assim mesmo...

Acho que o pior é a enorme quantidade de papeis espalhadas pela casa! Uma enorme bagunça! Anotações aleatórias em guardanapos, bloquinhos de todas as cores que não dá mais pra saber se ele já usou em algum lugar ou se ainda está esperando aquele momento mágico em que aquela frase vai se encaixar em alguma outra e formar um texto completo...

Conviver com escritor deve ser uma das coisas mais bizarras vistas pela humanidade e isso eu falo por mim mesma que tenho de conviver comigo até mesmo nesses momentos estranhos em que estou sozinha, escrevendo e surtando *ri*

Mas acho que seria ainda pior se não existissem escritores! Imagina só como seria? Ter toda essa emoção descontrolada de uma criação nova na cabeça sem extravasá-la no papel? Não há quadro mais triste...

quinta-feira, 25 de dezembro de 2014

Cause I'm a Writer e Outras Histórias - Poetry Time 63

Não acho que essa poesia tenha nada a ver com Natal, mas eu estou seguindo a cronologia das minhas poesias e infelizmente eu também não tenho nenhuma poesia que fale sobre essa data...

É interessante como coisas que eu escrevi há tanto tempo ainda fazem tanto sentido. Não que eu me lembre exatamente sobre o que eu estava pensando na época, mas essa poesia acabou de me fazer pensar numa pessoa que só vive assim, de "aparências", de "selfies", de "curtidas no Facebook", de comentários que ela está linda, de "haters" dizendo que ela está feia... E, no entanto, ela não consegue fazer com que nada na vida dela dure por muito tempo, ela se cansa fácil dos outros e os outros suportam por pouquíssimo tempo essa necessidade gulosa dela de ser sempre "admirada"... O caminho dela é mais marcado por pessoas que foram deixadas para trás do que de pessoas que continuam ao seu lado (e ela nem se dá conta de que no futuro não vai sobrar mais ninguém)...

Eu fui uma das pessoas que lutou de verdade pra ser amiga dela, por muito tempo mesmo e eu ainda gosto muito de quem ela é quando não está tentando loucamente ser essa pessoa detestável... Eu não sou de me cansar fácil das pessoas por quem quero lutar, mas eu cansei de "me iludir com promessas"...

No primeiro verso da última estrofe, "Quebre o rosário de sofrimento", eu me lembrei da poesia que eu postei no dia 16 de novembro, Oração Silenciosa em que eu falava sobre "um terço de lágrimas derramadas", "meu terço de lágrimas vertidas"... As duas ideias se completam.

Poesia do dia 21 de agosto de 2008 (quinta-feira)

Fake Memories

Por que se iludir com promessas
Que sabe que não vão acontecer?
Por que sonhar com egressas
Se tudo o que precisa é viver?

Por que se prender em falsas memórias?
Não deixe a vida passar temendo sofrer.
Uma vida de alegria ilusórias
Nunca fará o vazio desaparecer.

Contentar-se com falsas esperanças
Não lhe dará forças pra continuar.
Não encontrará nada nas lembranças
Que faça sua dor passar.

Quebre o rosário de sofrimento
Para finalmente poder se libertar.
Não deixe nenhum falso sentimento
Impedi-lo de se encontrar...

terça-feira, 23 de dezembro de 2014

Cause I'm a Writer e Outras Histórias - Day 63



Tatsuo Takagi é um protagonista sem precedentes, pelo menos pra mim *ri* Ele não é nem de perto um garoto sensível e romântico, às vezes ele é até um pouco rude com a Nara! Ele é um "bad boy"! E isso também me divertiu muito em Glamorous Night!

Ele não tem nada, absolutamente nada de "perfeitinho" *rindo* E ele não quer nem mesmo que a Nara tenha essa ilusão ou que ela ache que vai "salvá-lo" ou "torná-lo certinho" e essas coisas. Tatsuo é quem ele é do começo ao fim (e esse é dos principais motivos para esse casal discutir muito ao longo do livro também)!

Antes que eu passe aqui a ideia errada sobre ele, eu preciso deixar bem claro que o Tatsuo não é o tipo de bad boy que faz coisas legalmente erradas! Ele é um rebelde, mas ele não rouba, não se droga... Ele é só um garoto do colegial um pouco sem limites, nada de grave! E muito, muito mal humorado e sem educação! Mas ele ainda é o 'mocinho' dessa história (apesar de levar sua 'mocinha' aos extremos *ri*).

Na época em que eu estava escrevendo, eu estava assistindo ao seriado baseado no filme "Dez Coisas que eu Odeio em Você" (que, por sua vez, é baseado na obra shakesperiana "A Megera Domanda"), então, a personalidade do Tatsuo se parece bastante com o Patrick Verona do Etahn Peck.


Mas o que eu achei mais legal escrevendo o Tatsuo é que ele poderia ter acabado ficando igual ao Kouyou de Ser e Estar, mas não ficou! Os dois tem exatamente a mesma base, mas são personagens bem diferentes e cheios de personalidade, o que me deixa bastante orgulhosa! O Kouyou, apesar de ser "o demônio loiro" dos pesadelos da Kimi, no começo do livro, é um garoto romântico, enquanto que o Tatsuo não tem muita paciência para ser romântico, não... Sem contar que o Kouyou aprende e amadurece muito e o Tatsuo  não aprende nada! *ri*

Glamorous Night é um livro que me ensinou bastante e pelo qual eu sou apaixonada da mesma maneira, como no dia em que eu comecei a escrevê-lo, porque ele é bastante honesto ao mostrar um lado bem turbulento de se apaixonar!

segunda-feira, 22 de dezembro de 2014

Cause I'm a Writer e Outras Histórias - Poetry Time 62

Essa é mais uma poesia em que aparece a metáfora das "correntes da Ilusão", assim como da asa da infância. Acho que também não é a primeira vez que eu menciono uma redoma... Mas isso eu não tenho tanta certeza (eu precisaria rever as anteriores, pra ter certeza de que eu não falo de redoma depois e estou falando besteira agora...)

Eu gosto muito de falar sobre asas e sobre essa metáfora não apenas por causa do mito de Ícaro, que sempre foi um dos meus preferidos, mas também porque eu sempre comparo escrever com voar e eu imagino que seja a mesma sensação, gosto muito desse pensamento. E só de pensar em ficar com uma "asa quebrada" pra escrever... É realmente sufocante!

Poesia do dia 20 de agosto de 2008

Broken Wing

Presos numa cela sufocante,
Atados às correntes da Ilusão,
Encarcerados na tortura constante,
Afastados da salvação.

Sugam a nossa energia,
A nossa vontade de viver.
Envolvidos pela agonia
De sangrando se refazer.

A felicidade foi perdida,
A liberdade, arrasada.
Só resta derretida
Aquela asa quebrada.

Regenerar-se do sofrimento
Sozinhos em nossa redoma.
Protegidos do ressentimento
Da vida que perdeu o aroma.

domingo, 21 de dezembro de 2014

Cause I'm a Writer e Outras Histórias - Day 62



Apesar de ter um ambiente escolar como "As Canetas Mágicas", "Ser e Estar" e "Best Friends", Glamorous Night é diferente, assim como sua protagonista. Nara é diferente de Carolina e Victória, das Canetas, diferente da Kimi, de Ser e Estar e diferente de Miya, de Best Friends, mas tem a força, a coragem e a determinação de suas antecessoras, sem sombra de dúvida!

Eu me diverti muito quando escrevi "Glamorous" porque a Nara não é só uma protagonista forte, ela é briguenta! Mais briguenta e impetuosa do que qualquer outro personagem que eu tenha inventado antes ou depois dela! E era muito engraçado mesmo porque eu escrevia sempre tentando encontrar o momento certo em que ela perderia a calma e "rodaria a baiana"!

E foi legal porque ela foi uma personagem que eu consegui fugir bastante do meu próprio molde ao criá-la, porque eu não consigo nem me imaginar sendo tão radical quanto ela *rindo* Conforme eu evoluía com o livro, acho que ela ia ganhando mais confiança e seu temperamento saindo mais do controle!

Mas ela não ficou uma "maluca estourada"! Eu gostava principalmente das cenas em que ela aparecia com seu grupo de amigas, totalmente alegre e sob controle e também era uma parte divertida de escrever!

Eu tenho um carinho imenso por esse livro porque ele foi um verdadeiro desafio pra mim, me fez sair da minha "zona de conforto" (apesar de ser meu quarto livro ambientado numa escola...) e testar minha imaginação, me deu uma protagonista divertida, com amigas leais e fofas (como eu gosto de fazer com meus personagens secundários!), um triângulo-amoroso juvenil mais ou menos surpreendente, diálogos saborosos e, por último, mas não menos importante, um protagonista como Tatsuo Takagi (de quem eu falo no próximo texto, ok?)!

sexta-feira, 19 de dezembro de 2014

Cause I'm a Writer e Outras Histórias - Poetry Time 61

Agosto foi o último mês de 2008 em que eu escrevi poesias (esse foi mesmo um ano ruim...), mas, pelo que eu andei vendo, as de 2009 não foram muito diferentes do que eu tenho postado até agora e seguiram essa mesma linha. Em 2009 eu escrevi dez poesias e depois já virão as novas, que eu escrevi nesse começo de 2014, aí sim vocês verão uma diferença bem grande no meu estilo. Ainda mais se compararmos com as do comecinho *ri*

Acho que a única coisa que eu quero falar mesmo sobre a poesia de hoje é o primeiro verso da última estrofe: "Três é o número da vitória". Eu gosto muito dele, tanto quanto gostei quando o escrevi. Três é nosso número, meu, da Carol e do Matheus! É o que é mais importante na minha vida, nos tempos bons e nos tempos ruins!

Poesia do dia 20 de agosto de 2008 (quarta-feira)

Why We are Worst

Nós somos o que queremos
Sem nunca nos importar
Porque sempre crescemos
Sem críticas escutar.

Somos tão diferentes
Dos padrões que nos ensinaram
Somos irreverentes
Ao que todos sempre mandaram.

Por que nunca questionar
O que realmente obedecer?
Nós temos sonhos pra realizar
Ansiamos por viver.

Três é o número da vitória,
Juntos, nada mais precisamos.
Ser o pior é a ideia ilusória
Da liberdade pela qual lutamos.

quinta-feira, 18 de dezembro de 2014

Cause I'm a Writer e Outras Histórias - Day 61



O bom de ter contato com minhas leitoras nesse momento de busca de inspiração é que muitas vezes (muitas vezes mesmo!) uma coisa que elas me dizem, uma reflexão que elas fazem sobre o que acabaram de ler e eu consigo ter uma ideia nova que acaba desencadeando um texto ou um livro novo (como o efeito em cascata ou efeito dominó, como eu já disse que as ideias acabam se desencadeando dentro da minha cabeça)!

Eu gosto muito dos comentários que elas me fazem e muitas das interpretações delas excedem as minhas expectativas, me colocando pra repensar sobre o que eu escrevi sob o ponto de vista delas e isso é muito legal porque às vezes eu não fui capaz de enxergar aquilo enquanto escrevia e outra pessoa viu!

Direta ou indiretamente elas me pedem pra escrever algumas coisas que elas gostariam de ler e eu tento atender a esses pedidos o máximo possível, seja me aprofundando mais na história de um personagem ou num relacionamento, às vezes até encontro ideias para uma história completamente nova!

Esse contato é muito divertido e muito proveitoso porque elas me apoiam nos meus momentos bons e ruins, aguentam minhas provocações, me ajudam a sempre me manter firme e me inspiram muito!

Mais do que leitoras e amigas, elas fazem parte do meu mundo e esse mundo também se torna delas, não só quando atravessam suas portas, mas também quando encontram ali a resposta para alguma pergunta que me fizeram, um comentário delas que eu incorporei, uma interpretação ou uma tarde inteira de conversas! Tudo isso me ajuda a descobrir mais sobre a minha escrita e sobre os próximos caminhos que eu quero trilhar!

Assim como muitos dos outros depois dele, nasceu "Glamorous Night"!

quarta-feira, 17 de dezembro de 2014

Cause I'm a Writer e Outras Histórias - Poetry Time 60

Acho difícil dizer o que eu gosto mais nessa poesia... Uma coisa que eu acabei percebendo enquanto passo todas elas aqui pro blog é que mais de uma vez eu falo sobre um "cálice profano" (como no quarto verso da primeira estrofe: "que o cálice profano se derrama") e essa é uma metáfora minha que eu mesma ainda estou tentando decifrar...

Gosto do verso "Enforque-se com a corda do destino", essa ideia é tão intrigante, é tão elaborada!

E simplesmente amo as duas últimas estrofes inteiras!

Poesia do dia 20 de agosto de 2008 (quarta-feira)

Trap Masters

Não corra, não fuja mais,
Insensata perseguição que não se clama.
A luta por novos ideais
Que o cálice profano se derrama.

Envolve-se em sua própria traição,
Enforque-se com a corda do destino.
A armadilha da nossa criação
É  razão dos mestres do divino.

Cave a sua própria sepultura,
O nosso jogo não irá ganhar.
Quando o medo é única armadura
Nossas regras vão lhe guilhotinar.

Invoquem os Mestres das Armadilhas,
Nós sempre saberemos o que fazer.
Os Mestres das Almas andarilhas
O chão de toda Terra irão tremer.

segunda-feira, 15 de dezembro de 2014

Cause I'm a Writer e Outras Histórias - Day 60



Quando eu quero me inspirar pra escrever alguma coisa nova, barulho com certeza não ajuda muito... Eu preciso organizar minhas linhas emaranhadas de pensamentos, por isso, entro no meu quarto e fecho a porta, deito na minha cama, fecho os olhos e começo a desembaraçá-las pacientemente.

Também ajuda bastante reler o que eu já escrevi, seja o que for: uma velha poesia ou uma fanfic, um trecho de um livro, uns pensamentos... Quando estou no meio de um trabalho, também pode ajudar pegá-lo desde o começo e relê-lo com atenção.

Começar uma leitura nova também é legal, estar sempre em contato com a literatura de outros escritores e conhecer sempre novos tipos de contar histórias, novos estilos, novas ideias. Eu gosto de ser fiel aos escritores com que já estou acostumada, mas, esse ano, por exemplo, eu gostei de me envolver com outras histórias, de novos autores e não ficar com minha leitura parada, isso foi muito bom mesmo! Descobrir mundos novos para explorar!

Buscar inspiração nunca é uma tarefa fácil e precisa de muita persistência, muitas vezes porque o lugar onde vamos encontrá-la é o último que vamos olhar (sim! Isso acontece com inspiração também!)

O ambiente nem sempre contribui para o escritor se inspirar... Às vezes, calha de você precisar de silêncio pra pensar e justo nesse dias as portas não param de ficar abrindo e fechando e as pessoas precisarem conversar... Às vezes, você não tem uma mesa pra sentar e escrever ou a televisão está muito alta pra conseguir se concentrar...

Ou você pode também se encontrar num ponto em que parece que você já usou todos os seus recursos de escritor e não tem mais nenhum que nunca tenha usado antes pra contar uma história e ela parecer nova... Esse é o maior desafio de todos!

domingo, 14 de dezembro de 2014

Cause I'm a Writer e Outras Histórias - Poetry Time 59

Essa poesia se explica muito bem em sua última estrofe: "Andar não é o bastante/ Para o que existe a aprender./ Sempre seguir a diante/ Não significa crescer."

Quando você não sabe como seguir em frente, não sabe que caminho tomar e fica andando em círculos, você continua parado no mesmo lugar, mesmo que pareça se mover e isso é ainda mais frustrante, porque você tem a impressão de estar se movendo, mas na verdade não está.

Aqui eu coloquei mais uma vez a menção ao meu (eterno) problema com "ter de crescer", com "ter de amadurecer". Isso é sempre um problema pra mim (e não acho que algum dia vai deixar de ser)...

Poesia do dia 19 de agosto de 2008 (terça-feira)

Endless Circle

Caminhos cheios de intriga,
Caminhos que não levam a nada.
Que cada curva é inimiga
Pra cada escolha errada.

Um círculo interminável
Que tenta te distrair
Quando se está vulnerável
Sempre se que desistir.

Não há ponto de partida,
Não há onde chegar...
Com cada nova ferida
Há uma lição a aceitar.

Andar não é o bastante
Para o que existe a aprender.
Sempre seguir a diante
Não significa crescer...

sábado, 13 de dezembro de 2014

Cause I'm a Writer e Outras Histórias - Day 59



Quando eu falo sobre um escritor não questionar a si mesmo, espero que isso não seja entendido errado... Eu estou me referindo de novo àquele ponto que eu já mencionei lá no começo, quando falei sobre escrever poesias, sobre ser muito autocrítico. Ser autocrítico não deve ser uma coisa ruim! Você deve se cobrar melhorar, mas essa evolução vem naturalmente, com a prática e com a perseverança.

O que você não pode é deixar essa autocrítica virar um bloqueio intransponível que acaba te fazendo desistir! Você tem de trocar o "eu devia ter feito melhor" pelo "eu ainda vou fazer melhor" ou "eu vou continuar pra fazer melhor"! Ninguém começa no seu nível mais alto! Ninguém! E a primeira pessoa que tem de ser paciente e entender suas limitações é você mesmo!

Se eu ficasse perdendo o meu tempo questionando cada ideia que eu tenho pra escrever, quase nenhuma delas teria sido escrita!

"As Canetas Mágicas? Que ideia infantil! Tanta coisa melhor pra ser mágico... Por que tem de ser canetas? Você não poderia levar um tempinho mais até ter uma ideia menos boba?"

"Ser e Estar? Não tinha um nome menos idiota?"

"A Casa das Hostesses? Mas nem todo mundo sabe o que é realmente uma hostess... Vão entender tudo errado..."

"Unmei? Um garoto sendo babá de uma menina? Vão entender tudo errado mesmo!"

"Glamorous Night? Mais um livro que se passa numa escola? Que falta de criatividade"...

E por aí vai... Viram só? Se um escritor (ou qualquer tipo de artista, na verdade) começar  a questionar sua inspiração e, mais importante, sua capacidade de transformar aquela ideia inicial numa coisa nova, quantas obras maravilhosas não teríamos perdido?

Quantas coisas nós já não perdemos sem saber por causa disso? Quantas vezes, alguém não talhou as próprias asas da imaginação, com medo de voar?

sexta-feira, 12 de dezembro de 2014

Cause I'm a Writer e Outras Histórias - Poetry Time 58

Essa poesia é bem legal, apesar de ainda seguir a linha depressiva das anteriores! Gosto muito dos primeiros versos das três primeiras estrofes serem todos substantivos que vão formando o cenário e dos segundos versos terminarem o sentido da última palavra do verso anterior.

Com certeza, a terceira estrofe é a minha preferida: "Sombra, sombra, escuridão/ Oculta a face da dor/ Esconde da Salvação/ Aquele que pertence ao pudor".

Essa é uma poesia onde dá pra encontrar algumas maiúsculas alegorizantes (que eu adoro colocar)!

Poesia do dia 19 de agosto de 2008 (terça-feira)

Hide Shaddow

Noite, lua, estrelas, céu
Tingido de azul cinzento...
Sombra oculta, infiel
Que encharca meu pensamento.

Sombras, luzes, claro enfim.
O som de nossos tambores,
Orquestram a sinfonia sem fim,
A melodia do circo de horrores.

Sombra, sombra, escuridão
Oculta a face da dor
Esconde da Salvação
Aquele que pertence ao pudor.

Nós vamos continuar
Para que a noite não prevaleça.
Para a Verdade triunfar
Antes que tudo enlouqueça.

quinta-feira, 11 de dezembro de 2014

Cause I'm a Writer e Outras Histórias - Day 58

Além de ser criança, um escritor tem de ter aquele olhar de criança também, tem de ver tudo diferente! É como você encontra o Potencial Literário das coisas!

Com o olhar de escritor nada é só uma coisa... Um passeio nunca é  um passeio, um jantar não é  um jantar, uma viagem não é  uma viagem... Até as situações mais chatas da sua vida podem acabar contribuindo para um texto, um livro...

Por exemplo:

Eu só péssima, enfaticamente péssima para relacionamento humano, interação social... Só Deus sabe como é que eu consegui me aproximar dos amigos que eu tenho *ri* Isso me causa um problema na hora de escrever também, porque me falta bagagem pra desenvolver esse tipo de situações em que as pessoas estão se conhecendo e conversando.

Então, eu tento olhar a minha volta pra ver se aprendo como as outras pessoas lidam com esse tipo de situação, porque, se eu não conseguir colocar em prática, pelo menos pra escrever pode ajudar *ri*

Não que eu não preste atenção quando eu vou encontrar alguém e fique pensando em escrever! Não, mas alguns detalhes dá pra você destacar na memória... "Pessoas fazem assim", "falam assim", "olham assim"... Essas coisas!

E, como eu já falei, tem coisas que acontecem no nosso dia-a-dia que também merecem ser escritas, como, por exemplo, um passeio de carro, uma conversa, um abraço, uma chuva que caiu na sua cabeça *ri* Tudo pode ser literatura!

Escrever é isso! É colocar no papel aquilo que você ! Mas você precisa ver além do que as outras pessoas já veem sozinhas, você tem de ver de um jeito especial e contar de um jeito especial!

Como sempre, ser escritor acaba sendo simples sendo complexo e sendo complexo sendo simples...

quarta-feira, 10 de dezembro de 2014

Cause I'm a Writer e Outras Histórias - Poetry Time 57

Eu gosto muito do título dessa poesia. A ideia de um ídolo falso é intrigante e ao mesmo tempo bem comum, não é? Nós sempre somos enganados por coisas assim o tempo todo e eles estão por toda parte. Alguma coisa ou alguma pessoa que entra na nossa vida e você acredita que é uma coisa, que pode ser uma coisa ou que vai ser uma coisa que acaba explodindo na sua cara! Essa poesia é sobre isso, é sobre o que já me aconteceu, como já aconteceu com tantas outras pessoas; sobre o que me aconteceu em 2008 ou nesse mesmo ano, quando você descobre que foi enganado por um sentimento que só existia em você...

Poesia do dia 15 de agosto de 2008 (sexta-feira)

Ídolo Falso

Meu pensamento leviano
Sempre foge ao meu querer
Despertando um desejo insano
Que a razão devia interromper.

Um desejo inocente e arcano
Que eu não devia alimentar.
A certeza de mais um engano
Que só vai me machucar.

Esse engano que sozinho preencheu
O doloroso vazio que existia em mim,
Um absurdo ideal que se cometeu
E que está na hora de ter um fim.

Por que tinha que ser tão verdadeiro
Esse novo ídolo desleal?
Sendo assim tão cavalheiro
Acabou atiçando todo o meu mal.

terça-feira, 9 de dezembro de 2014

Cause I'm a Writer e Outras Histórias - Day 57



Como eu terminei o texto passado comentando sobre ser ainda criança, parei pra pensar que essa é uma coisa realmente importante pra ser escritor: nunca crescer!

Eu sei que não dá pra escrever livros adultos sendo uma criança *ri* Não foi bem isso que eu quis dizer... Mas, escrever é imaginar, fantasiar e falar consigo mesmo, basicamente e, se você for "muito adulto"... Não acho que dê pra fazer isso... Você pode acabar se achanado meio bobo!

Ser escritor é não questionar a si mesmo (pelo menos, não sobre escrever!) Se eu achasse o tempo todo que tive uma ideia boba, nem mesmo esses textos do "Cause I'm a Writer" eu ia postar...

Por isso, você tem de se manter "criança"! Crianças não questionam a própria imaginação, crianças não se perguntam se estão sendo bobas e crianças não se preocupam se os outros vão julgá-las! E, nesse ponto, crianças são muito mais corajosas do que os adultos!

Um escritor precisa ousar, precisa experimentar e precisa inventar! Mas, como eu vou ousar se eu me disse que no escuro eu posso ir de cara na parede? Como eu vou experimentar se eu me disse que se eu pular e cair, eu vou me quebrar toda? Como eu vou inventar se eu me disse que não existe nada de novo que eu posso criar que já não tenha sido imaginado por outra pessoa antes?

As crianças acreditam em si mesmas e é assim que um escritor deve fazer também: se eu vou escrever alguma coisa nova e quero que, mais do que conquistar, meu leitor acredite em mim, eu preciso acreditar em mim mesmo primeiro!

E não tem problema dar aquele friozinho na barriga e fechar os olhos antes de pular...

segunda-feira, 8 de dezembro de 2014

Cause I'm a Writer e Outras Histórias - Poetry Time 56

Acho que essa poesia já fica bastante clara, apenas pelo nome dela, não?

Eu acho que a primeira estrofe é realmente muito bem feita, as ideias se completando ficaram muito legais!

E acho que o verso que eu mais gosto é "Um dia relutante em nascer"! Não sei se consigo explicar, mas eu gosto muito mesmo!

Poesia do dia 15 de agosto de 2008 (sexta-feira)

Uma Razão para Viver

Nem um raio de sol, só a chuva caindo...
Nada de encontrar a superfície, só submergindo...
Nenhuma saída, apenas escuridão...
Nada mais de concreto, tudo uma ilusão...

A linha tênue do sonho perdido
Limita a visão do ser que chora.
Não há mais ninguém envolvido
Onde a solidão é quem mora.

Vidas por mais que passadas,
Intenções mais que esquecidas,
Palavras não mais repetidas,
Esquecidas e muito cansadas...

Não é problema perder,
Se a perda é lição aprendida.
Ninguém consegue saber
A palavra que quer ser ouvida.

Qualquer intenção é válida
Se a intenção consegue salvar...
Se, no coração a pureza cálida,
Permanecer sem se quebrar.

A lua arrasta um novo dia,
Um dia relutante em nascer.
E os olhos encontram a melodia
De uma nova razão para viver.

A tristeza é inquebrável redoma,
Atada às correntes do juízo
Que a própria cura é sintoma,
Vagar à procura de um sorriso.

Dor da profunda saudade
Quebra o trato com o sofrimento
Para que retorne a felicidade
E acabe esse mar de tormento.

sábado, 6 de dezembro de 2014

Cause I'm a Writer e Outras Histórias - Day 56

Falar sobre A Casa das Hostesses é mesmo um assunto pra mim que não tem fim, porque ela é como o meu "palácio mental", meu refúgio secreto... E, toda vez que eu falo dela ou de qualquer universo literário que eu tenha inventado, é como se eu abrisse as Portas da minha imaginação e convidasse meus leitores a entrar.

Para um escritor, abrir essas portas e fazer esse convite é uma das maiores honras que se pode conceder a alguém. Permitir que alguém faça parte desse mundo, então, nem se fala...

Mas, não é todo mundo que entende isso, que dá valor a isso e eu já me arrependi muito de ter feito esse tipo de convite já... Não é culpa de ninguém, é claro que não! Ninguém é obrigado também a saber esse tipo de coisa, mas também não podem me culpar por ficar chateada quando eu me sinto quebrada por falta de reconhecimento...

Entendam: meu mundo imaginário é um lugar só meu, onde ainda dá pra preservar algumas coisas da minha infância (entre elas, o coração de vidro das crianças e um pouco da teimosia), onde eu posso criar tudo o que quiser que vai brotar e não existe nada mais importante, porque escrever é tudo pra mim e eu sou essencialmente escritora! Se eu te "convidei pra entrar", o mínimo que eu espero é que você compartilhe do meu entusiasmo por estarmos ali, juntos!

Eu já cheguei a criar personagens baseados em pessoas e elas nem leram o que eu escrevi! Já dediquei textos, já mostrei criações e só o que eu queria era um retorno, uma opinião, uma review... E foi como se não tivesse tido importância nenhuma...

Era só mesmo um desabafo e eu acabei usando um texto inteiro *ri* Acho que eu ainda sou uma criança mesmo...

quinta-feira, 4 de dezembro de 2014

Cause I'm a Writer e Outras Histórias - Poetry Time 55

Assim como eu falei em "Metamorfose", aqui novamente eu falo sobre essa metáfora da borboleta, saindo do casulo e aqui está mais claramente aquela ideia que eu expliquei na poesia passada de que quebrar a lógica e esse não é um casulo libertador ou transformador... É um casulo que "tenta me enlouquecer"...

Nessa poesia, mais uma vez eu faço referência ao mito de Ícaro, que voou tão alto que suas asas derreteram e ele caiu em direção à sua morte quando falo "Eu temo menos cair com as frágeis asas da ilusão" na segunda estrofe.

Poesia do dia 25 de julho de 2008 (sexta-feira)

Soneto da Liberdade

Anseia pelo céu, toda criatura que só conhece o chão
E eu sonho em partir minhas correntes e voar...
Toda leveza que o pensamento precisa encontrar
Há muito, vem ecoando no meu coração...

Eu temo menos cair com as frágeis asas da ilusão
Porque cair é um preço pequeno a se pagar...
Pequeno demais perto de tudo do que quero me libertar,
Pequeno demais perto de toda minha solidão...

A cela que inquieta minha alma a partir
É o casulo que tenta me enlouquecer,
Que aprisiona meu coração a não sentir.

E sufoca a minha vontade de viver.
Não é por mal que me machuco ao insistir,
Mas fugir é minha única opção pra não morrer.

terça-feira, 2 de dezembro de 2014

Cause I'm a Writer e Outras Histórias - Day 55



Uma última coisa sobre Guilty precisa ser dita aqui (porque eu sei que já falei mais desse livro do que dos outros)...

No primeiro livro da Casa das Hostesses, o foco está mesmo mais centrado na Selina e no Souji porque é com eles que o problema do livro se desenrola, os outros personagens estão apenas sendo apresentados, os pares vão se formando e ficamos sabendo de vez em quando um pouco sobre seus passados...

Em Guilty, eu trabalhei com mais empenho pra não me focar apenas em um casal, eu queria que todos tivessem um enredo próprio a ser desenvolvido para que, tanto eu quanto os leitores pudéssemos aproveitar bem todos os personagens!

Dá mais trabalho? Claro que dá, mas a satisfação no final também é muito maior! É mais oportunidades de você brincar com sua imaginação, o que torna tudo muito mais interessante também!

Quando a história tem um único foco (e não é isso que a torna mais fácil de desenvolver também) o risco de ficar mais cansativo pra escrever e pra ler é muito maior!

Acho que esse hábito de escrever sobre todos os personagens vem muito de escrever fanfics, porque com as fanfics acontece bem assim, você pega um personagem do livro/filme/seriado que você gosta que é ou não foco do autor e cria em torno dele um novo enredo, só pra ele... Então, vamos dizer que eu estava escrevendo fanfic, com meus próprios personagens, dentro do meu próprio livro (e depois, eu não sei por que me chamam de maluca... *ri*).

Dar espeço a todos esses enredos foi importante porque a Casa das Hostesses é um livro amplo, assim como é um lugar amplo, onde acontecem muitas coisas e muitas delas nós mal presenciamos, mal prestamos atenção... Se já é um livro complexo focado em cinco, seis casais, imagina se contasse tudo o que acontece com todas as hostesses? Será que eu conseguiria? *ri*

Foi importante dar mais espaço aos outros casais que se formaram no primeiro livro porque cada um deles é diferente, com características diferentes e possibilidade diferentes e, ao invés de um Ponto de Relevância, eu tive vários, o que me dá quase a segurança de dizer que Guilty é um livro único, diferente do que já foi feito antes dele!

segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

Cause I'm a Writer e Outras Histórias - Poetry Time 54

É interessante, porque eu acho que gosto mais dessas poesias escuras do que gosto das apaixonadas e talvez seja mais explicado de explicar o motivo do que as próprias poesias em si. Se a poesia passada não foi capaz de explicar o que se passava comigo nessa época, essa daqui pode arrematar qualquer dúvida.

O mais bonito pra mim é o fato de que ela se chama "Metamorfose". Pelo menos na minha cabeça, a primeira ideia que me vem quando eu penso sobre essa palavra é na transformação da lagarta em borboleta, depois de sair do casulo. Mas eu gosto muito de quebrar essas lógicas e a minha metamorfose não é tão bonita quanto à da borboleta...

Essa era uma criança com as asas da infância grandes e fortes, cheia de sonhos e certezas; o eu-lírico agora se mostra fraco, sem esperança, sem sonhos, apenas dor e sofrimento, um novo ser engolido pela escuridão. Sempre a Escuridão!

Minha estrofe preferida com certeza é a terceira: "As nuvens negras já passaram e o que restou?/ Resta ainda a dor que me causaram,/ As perdas e os sonhos que me roubou,/ Sem saber, desamparada, me arrasaram". Gosto dessa ideia de que depois da tempestade não vem a calmaria, você tem de lidar com o que a Tempestade trouxe... Eu vou voltar a esse assunto quando falar sobre os terceiro e quarto livros de A Casa das Hostesses, "Storm" e "Darkness", porque é essa a ideia que os fez nascer na minha cabeça...

Também gosto muito que na quinta estrofe, o eu-lírico começa falando com a "Doce boneca", que tanto pode ser atribuída as remanescências da infância, quanto a si mesma, uma criatura de sorriso pintado e peito vazio.

Poesia do dia 25 de julho de 2008 (sexta-feira)

Metamorfose

Eu estou caindo, caindo, mudando...
Quero me perder pra conseguir me encontrar.
Corrente por corrente, estou me libertando,
São as piores experiências que nos fazem melhorar.

Eu já não tenho mais asas, mais suporte,
Não tenho forças, nem no que acreditar.
Sozinha, já não sou mais assim tão forte,
Mas os caminhos se perdem sem nos avisar.

As nuvens negras já passaram e o que restou?
Resta ainda a dor que me causaram,
As perdas e os sonhos que me roubou,
Sem saber, desamparada, me arrasaram.

O sol de um novo dia perde o brilho da esperança
Aos olhos desencorajados do meu sofrimento.
Calada, choro as chagas, sem confiança
Sem jamais reclamar o meu contentamento.

Doce boneca, como aguentar a vida inexistente?
Como aguentar tanta angústia, tanta Escuridão?
A luz que eu busco é um reflexo aparente
De sonhos que padecem na minha ilusão.

A minha fragilidade tem que ser calada
Porque ninguém entende o que eu sinto.
Não é suficiente ouvir que toda queda será superada
E é só pra não ouvir isso que eu minto...