É interessante que a poesia anterior se chamasse Almas Distantes e essa daqui se chame Alma, acho que eu estava bem ligada ao meu espiritual nessa época. Mas a verdade é que eu era quase capaz de sentir minha alma quebrada nesse ano (o que nos traz a um sintoma muito parecido com o que eu tenho sentido nos últimos meses...), como o verso "Sozinha, aguentei minhas feridas" dá a entender.
Novamente, eu falo de alguma coisa muito parecida com a Akai Ito que eu já expliquei aqui, quando falo sobre a "linha entrelaçada".
Poesia do dia 30 de novembro de 2009 (sexta-feira)
Alma
Nós dois fomos um dia separados,
Antes mesmo da origem dos tempos.
O silêncio dos corpos mascarados
É varridos por esses ventos...
Nossas lembranças ficaram adormecidas
Para que o tempo pudesse se cumprir.
Sozinha, eu aguentei minhas feridas
Sem que tivesse você pra me sorrir...
No espelho, eu me vejo devastada
E a areia escorre sem parar.
Pra ter a chave da linha entrelaçada
Abri mão das minhas asas ao pagar...
Eu não fui capaz de compreender
O quão alto seria esse preço...
Não imaginei o quanto iria me doer
Ser sua sem lhe ter desde o começo...
Viver não devia ser um tormento.
Sem você, como eu vou sobreviver?
Eu tento continuar, juro que tento...
Mas nada deixa dessa dor eu me esquecer...
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