Essa poesia foi feita para um amor que eu jamais pensei que me encontraria... Nunca pensei que algum dia eu seria capaz de sentir mais falta de alguém do que de minhas próprias asas...
Quando eu comecei a trabalhar numa creche da Prefeitura da minha cidade, eu achava que seria a experiência mais maluca e horrível da minha vida (eu não estava inteiramente errada...)
Muitas pessoas me disseram que trabalhar com crianças finalmente ia acabar de vez com meu carinho por elas... Não podiam estar mais erradas... Porque eu conheci a Maria Eduarda, a garotinha mais doce e mais fofa que entrou na minha vida e eu me apaixonei perdidamente por ela... Pra encurtar a história, ela saiu da escola e isso me dói todos os dias...
Poesia de 28 de fevereiro de 2014 (sexta-feira)
Bieca
Eu ainda sinto o fantasma de minhas asas,
Que caíram, sem me avisar,
Caíram pra me machucar...
A ardência daquelas duas brasas
Que me deixaram sem poder voar...
Depois delas, eu perdi a liberdade...
Perdi a vontade de sorrir...
Nelas, a inocências de existir,
Eu guardava o segredo da Imortalidade
E o "Para-Sempre" nunca mais vai me seguir...
Sem elas, não havia esperança,
Não havia dia pra nascer...
E por muito tempo eu quis viver
Só como uma criança
Como jurei permanecer!
Mas você foi o dia nascendo e me sorriu,
Mais do que sorrir, me apaixonei,
Por você, as asas entreguei,
Por seu intenso brilho que surgiu,
Por você, eu novamente me encontrei!
Com você, tudo podia ser eterno
Que, mesmo a dor, eu ia suportar...
Aos seus olhos, eu ia me escancarar!
Eu ia queimar no mais profundo inferno,
Porque eu queria só eu te bastar...
Eu ainda sinto você em meus braços...
Como se o espaço fosse explodir!
Não sendo minha, a deixei partir,
Mesmo ainda atada aos seus laços...
O que eu faço agora sem você aqui?
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