Acho que o principal que eu preciso falar sobre essa poesia é que ela nasceu do verso "Tanta vida a se desperdiçar" no final da primeira estrofe. Dá pra perceber que, assim como meus livros que não nascem da primeira cena, minhas poesias também não nasciam do primeiro verso, apesar de "desabrocharem" dele sequencialmente depois que eu começava a escrever. Preciso parar finalmente e voltar a escrever alguma coisa grande pra ver se isso acontece com meus livros também, mas eu acho que o processo era bem diferente...
Esse verso resume bem meus anos de 2008 e 2009, que eu já mencionei brevemente terem sido muito difíceis, tanto é que isso refletiu pesadamente nas minhas poesias, como se minha vida estivesse sendo desperdiçada... E isso ecoa na minha mente até hoje, como uma ferida que eu teimo em não deixar cicatrizar...
Uma outra consideração que eu preciso falar sobre ela se encontra no verso "Que prometeu as nossas almas entrelaçar..." que fecha a penúltima estrofe. Eu falei um pouco sobre Akai Ito quando expliquei "Unmei" e é exatamente sobre isso que esse verso trata também, duas pessoas ligadas por suas almas, por seus corações ou por uma linha invisível que os liga um ao Destino do outro.
Poesia de 13 de fevereiro de 2009 (sexta-feira)
Espera
Onde está meu céu que nunca vem?
Liberdade tão sofrida de sonhar...
O que há de errado para não vir ninguém?
Tanta vida a se desperdiçar.
Por que você teima em ficar tão distante?
Por que eu não posso simplesmente te alcançar?
Sozinha aqui nesta situação angustiante
Eu não consigo sentar e esperar...
Eu perdi as asas da minha manhã...
Perdi a maneira perfeita do Tempo enganar...
E me prendi descrente numa divindade pagã
Que prometeu as nossas almas entrelaçar...
Você é o Sol que ilumina meu viver.
É o sonho lindo que me faz sempre despertar.
É tão difícil seu vazio ainda doer...
Vem depressa, pra vida começar!
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