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sexta-feira, 1 de setembro de 2017

Revisitando as Poesias sobre minha Depressão - Oração Silenciosa


Eu achava que nessas primeiras poesias eu não tinha mencionado a Escuridão, mas ela está aqui na poesia de hoje, aprisionando desde o começo, me cercando com ansiedade.

Poesia do dia 14 de abril de 2008 (segunda-feira)

Oração Silenciosa

Oh, oração silenciosa,

De um terço de lágrimas derramadas,
Uma vigília dolorosa
De muitas almas abaladas.

Eu busco Luz para o fim da Escuridão,
Apego-me a toda felicidade.
Pra não me render à angústia da prisão
E me libertar das correntes da ansiedade.

As asas da infância me abandonaram,
Derreteram e agora só me resta cair.
As trevas do labirinto em que me jogaram
Incendeiam-se até me consumir.

Meu terço de lágrimas vertidas,
Reclama o fulgor da alma misteriosa.
Choro a ardência das feridas,
Oh, oração silenciosa!


Como eu disse da outra vez, no Poetry Time, eu gosto muito da sonoridade dessa poesia e nela encontramos mais uma vez uma menção ao Mito de Ícaro nas "asas da infância" que me abandonaram, derreteram e me deixaram para cair.

Vejo vocês no próximo
Déborah Felipe

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