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quarta-feira, 25 de setembro de 2013

Rosa

Aquela rosa pequena, vermelha esbranquiçada, nascida no meu jardim, ainda era um botão de manhã e mal começou a desabrochar. Desabrocha em sonhos lindos.

                Suas pétalas tão delicadas eram as plumas das minhas asas... Minhas asas tão frágeis que eu já as perdi... Tentando voar, tentando subir, atravessar os muros mais altos pra finalmente fugir...

                A noite espera na espreita, com olhos de escuridão, anseia a juventude perdida, que já não mais se reflete no espelho partido do tempo.

                O tempo sorri maligno, me vendo cair com as asas queimadas, com a cera derretida com as pétalas despedaçadas. Ele espera a queda, retarda o impacto, só ele é quem sabe o que eu pretendo fazer...

                As asas da infância que me foram levadas, as pétalas de felicidade que me foram roubadas, me deixaram sozinha nessa escuridão.

                Eu não posso fugir, não posso me salvar, tenho que seguir sem o caminho enxergar. E mesmo que espinhos me firam, mesmo que eu tropece, que eu caia, eu simplesmente não tenho a opção de desistir.Tudo o que eu espero se encontra no final dessa estrada e eu não posso abrir mão disso.

                Por mais que eu sofra, por mais que eu chore, por mais que eu sangre, nada é capaz de me deter, de me parar. Nem mesmo suas palavras amargas e hostis, nem mesmo suas tentativas vis.

                Eu escolhi ser assim, escolhi lutar e nem mesmo o seu jogo sujo vai ser capaz de me parar.

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