Assim como eu falei em "Metamorfose", aqui novamente eu falo sobre essa metáfora da borboleta, saindo do casulo e aqui está mais claramente aquela ideia que eu expliquei na poesia passada de que quebrar a lógica e esse não é um casulo libertador ou transformador... É um casulo que "tenta me enlouquecer"...
Nessa poesia, mais uma vez eu faço referência ao mito de Ícaro, que voou tão alto que suas asas derreteram e ele caiu em direção à sua morte quando falo "Eu temo menos cair com as frágeis asas da ilusão" na segunda estrofe.
Poesia do dia 25 de julho de 2008 (sexta-feira)
Soneto da Liberdade
Anseia pelo céu, toda criatura que só conhece o chão
E eu sonho em partir minhas correntes e voar...
Toda leveza que o pensamento precisa encontrar
Há muito, vem ecoando no meu coração...
Eu temo menos cair com as frágeis asas da ilusão
Porque cair é um preço pequeno a se pagar...
Pequeno demais perto de tudo do que quero me libertar,
Pequeno demais perto de toda minha solidão...
A cela que inquieta minha alma a partir
É o casulo que tenta me enlouquecer,
Que aprisiona meu coração a não sentir.
E sufoca a minha vontade de viver.
Não é por mal que me machuco ao insistir,
Mas fugir é minha única opção pra não morrer.
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