Essa é mais uma poesia da Fernanda Reis e olha só a coincidência incrível de ter sido escrita exatamente dois anos antes da Sereny Kyle nascer!
Como eu disse antes, as poesias da Fernanda foram escritas para colocar pra fora muitos pensamentos que eu tenho, principalmente sobre injustiça, conscientização... Elas são bem criticas e eu gosto muito disso! Gosto das rimas delas e das estruturas das estrofes.
E eu gosto principalmente do fato de que a última estrofe é toda de de frases que as pessoas normalmente dizem para se desobrigar de descruzar os braços! Acho que é uma das coisas que eu mais gosto! Da honestidade dessa poesia! Do "doa a quem doer" dela!
Poesia do dia 19 de setembro de 2006 (terça-feria) {aniversário da Sereny, dois anos antes do "nascimento dela"!!}
Cretinice
E se não chegar o amanhã?
Quantos serão condenados?
Por uma devotada lógica pagã,
Quantos serão desmascarados?
Tudo que sobe, vai cair
E nos foge o destino controlar.
Física nenhuma vai desmentir
Que o que começa está propenso a acabar.
Estamos nós nessa medíocre realidade.
E quem pensamos enganar?
Enquanto o mundo se perde na inimizade,
Só pensamos em nos acomodar.
Então, pra que salvar a humanidade?
Se ela mesma é que vai se destruir?
Como lutar contra uma fatalidade
Que todos os homens esperam assistir?
Como fazer brotar a esperança
Num jardim em que reina a hipocrisia?
Como fabricar uma mudança
No meio de toda essa agonia?
"Mas não, não vamos nos importar!"
"De que adianta a minha consciência?"
"Porque o mundo não vai acabar
Simplesmente pela minha negligência!"
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