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domingo, 19 de outubro de 2014
Cause I'm a Writer e Outras Histórias - Day 34
Eu vivo falando sobre isso aqui e acho que é uma boa hora para explicar porque o mundo que existe nos livros não é o mesmo em que vivemos.
Por menos fantástica e fantasiosa que seja uma história, o mundo, o universo em que ela se passa é apenas uma visão do mundo em que vivemos, uma interpretação daquele autor sobre ele e, portanto, não é o mesmo que conhecemos.
O mundo dos livros está diretamente relacionado às experiências de seu autor, o que ele gosta, o que acha importante, o que acredita, o que já viveu...
Quando lemos, estamos olhando pelos olhos daquele artista, estamos sendo direcionados e, dessa forma, nunca poderia ser considerado realista, por mais verossímil que seja.
Escrever é, direta ou indiretamente, dar a sua opinião sobre alguma coisa ou situação é dividir como você acredita que as coisas acontecem e como acha que o mundo funciona.
O que torna um livro mais parecido com o nosso mundo é o uso bem dosado de consensos gerais, ou seja, coisas que as pessoas já concordam internamente e assimilam. Esses consensos não precisam de uma grande dissertação pra convencer seu leitor, porque ele já conhece a ideia e ela já está assimilada. É, por exemplo, o caso que eu contei sobre "amor à primeira vista".
É muito interessante refletir sobre esse assunto e lembrar agora dos livros que já lemos, pensar no que eles conseguiram nos convencer que existia, naqueles que não precisavam nos convencer quase nada e como esse poder é lindo e incrível!
Uma das minhas frases preferidas sobre ser escritor tem um pouco a ver com isso:
"Escrever é uma arte subestimada, você pinta imagens multicoloridas nas mentes das pessoas usando as palavras em branco e preto".
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