Eu achava que nessas primeiras poesias eu não tinha mencionado a Escuridão, mas ela está aqui na poesia de hoje, aprisionando desde o começo, me cercando com ansiedade.
Oração Silenciosa
Oh, oração silenciosa,
De um terço de lágrimas derramadas,
Uma vigília dolorosa
De muitas almas abaladas.
Eu busco Luz para o fim da Escuridão,
Apego-me a toda felicidade.
Pra não me render à angústia da prisão
E me libertar das correntes da ansiedade.
As asas da infância me abandonaram,
Derreteram e agora só me resta cair.
As trevas do labirinto em que me jogaram
Incendeiam-se até me consumir.
Meu terço de lágrimas vertidas,
Reclama o fulgor da alma misteriosa.
Choro a ardência das feridas,
Oh, oração silenciosa!
Como eu disse da outra vez, no Poetry Time, eu gosto muito da sonoridade dessa poesia e nela encontramos mais uma vez uma menção ao Mito de Ícaro nas "asas da infância" que me abandonaram, derreteram e me deixaram para cair.
Vejo vocês no próximo
Déborah Felipe
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